Luanda – Após a realização de exames médico-legais, a Procuradoria-Geral da República (PGR) colocou à disposição da família, nesta sexta-feira, o cadáver do jovem manifestante que morreu, no dia 12 deste mês, no Hospital Américo Boavida, em Luanda.
Trata-se de Inocêncio de Matos, cuja morte, segundo a PGR, foi causada por "traumatismo crâniano encefálico com fractura dos ossos do crânio e lesão do encéfalo, resultante de ofensa corporal com objecto de natureza contudente”.
Em nota, o órgão explica que a família da vítima havia solicitado a realização de uma nova autópsia, na sua presença, de um médico e de um advogado independente.
Apesar da solicitação da família ter merecido a aprovação, a PGR avança que a diligência não se efectivou, no dia 19, como previsto, por falta de comparência dos familiares do malogrado e do respectivo advogado, justificada pela tomada de conhecimento tardio do reexame.
A PGR adianta que remarcada para esta sexta-feira, 20, na presença das partes acima indicadas, o advogado recusou-se, categoricamente, a participar da autópsia.
A medida deveu-se ao facto de não ter sido autorizada a entrada de um fotógrafo alheio a profissão forense, por não estar habilitado com conhecimentos técnicos e científicos que lhe permitisse exercer esta tarefa, em atenção ao disposto no artigo 179.0, Parágrafo 2.0, do Código de Processo Penal.
Adianta que, cessando qualquer responsabilidade do Ministério Público e do Serviço de Investigação Criminal, a PGR põe o cadáver à & da família para a realização das exéquias fúnebres.
O jovem morreu dia 12 deste mês, quatro horas depois da intervenção cirúrgica.
Conforme o corpo clínico do Hospital Américo Boavida, o cidadão deu entrada no hospital com fractura exposta com afundamento dos ossos do crânio, aparentemente causada por um pau ou ferro.