Luanda - O Presidente da República, João Lourenço, expressou, esta quinta-feira, esperança de que o ano de 2021 venha a ser da retoma económica e de levantamento das cercas sanitárias.
O Chefe de Estado, que apresentava uma Mensagem de Fim de Ano aos angolanos, espera também que 2021 seja um ano da retoma dos vôos comerciais internacionais de passageiros, da reabertura e revitalização do turismo, do regresso às actividades desportivas e culturais com a presença do público, o ano das conferências nacionais e internacionais presenciais.
“Este ano que está a entrar será também um ano de trabalho árduo, em que todos vamos trabalhar com mais determinação, de forma mais abnegada e organizada, para obtermos melhores resultados naquilo que nos empenharmos em fazer”, referiu o Presidente da República.
“Vamos chegar lá”, sublinhou João Lourenço, alertando para a necessidade de se observar todas as cautelas recomendadas, “para não voltarmos a uma situação pior do que a que vivemos hoje”.
O Titular do Poder Executivo deixou uma palavra de consolo e de conforto aos angolanos que perderam entes queridos ao longo do ano, por doença, por acidente de viação, vítimas de homicídio, de violência doméstica ou de quaisquer outras causas de morte.
Estendeu, igualmente, uma palavra de conforto e votos de rápidas melhoras, aos angolanos que se encontram acamados ou hospitalizados, aos reclusos, por se encontrarem numa condição que lhes impede passar esta quadra festiva no convívio familiar.
Na Mensagem de Fim de Ano, João Lourenço agradeceu, pelo “alto sentido de responsabilidade e espírito de missão demonstrados”, os militares aquartelados ou em missão, aos policiais e bombeiros, ao pessoal médico e para-médico, aos trabalhadores das sondas do sector petrolífero, aos pilotos das companhias aéreas e a todos os outros profissionais que, por dever do ofício, estão impedidos de compartilhar com as respectivas famílias esta quadra natalícia.
Encorajou os angolanos que, em consequência da conjuntura criada pela pandemia da Covid-19, perderam negócios, viram suas empresas encerrar ou perderam seus empregos.
No entender do Estadista angolano, o ano de 2021 será um ano melhor, o “ano de refazer nossos projectos da vida pessoal, familiar e profissional”.
Quanto à 2020, considerou que “não foi bom, não foi generoso para com ninguém. Foi um ano de muito sofrimento, que prejudicou a vida familiar e profissional de todos sem excepção, prejudicou as economias de todos os países, trouxe a dor e o luto a milhares de famílias pelo mundo fora”.
Por isso, prosseguiu o Chefe de Estado, “gostaríamos imenso que não fosse apenas o ano de 2020 a ficar para trás, mas que a pandemia a ele associada, a Covid-19, também passasse a partir de hoje a pertencer ao passado”.
O Presidente João Lourenço considerou que “não será nos próximos dias” que a humanidade ficará já protegida deste vírus - o SARS COV 2, “talvez dentro de meses ou mesmo mais, com a utilização em massa e de forma gratuita da vacina produzida por renomados laboratórios mundiais”.
Reiterou o apelo para a manutenção com rigor das medidas de biossegurança, o distanciamento social, o uso permanente e correcto da máscara, a higienização constante das mãos, evitar aglomerações, festas e outras, até que uma parte considerável da população seja vacinada.
“Uma luz de esperança já se vislumbra no horizonte, mas não é momento de relaxar. O ano de 2021 traz-nos a tão esperada vacina, mas que só será eficaz se ao mesmo tempo conseguirmos manter muitos dos bons hábitos que a pandemia nos levou a praticar com maior sentido de responsabilidade”, expressou.
Em seu próprio nome, da sua minha família e do Executivo angolano, o Presidente da República desejou “Boas Festas e um próspero Ano Novo” às famílias angolanas, em Angola e na diáspora, e a todos aqueles que, não sendo angolanos, “partilham connosco” os bons e maus momentos de cada dia.