Ondjiva – O processo de renovação de mandatos do MPLA constitui uma plataforma política para reforçar a união e coesão dos seus militantes, considerou, nesta sexta-feira, a primeira secretária cessante deste partido no Cunene , Gerdina Didalelwa.
Falando na abertura da X Conferência Provincial Ordinária do MPLA no Cunene, que decorre à luz da preparação do XIII Congresso Ordinário do partido, a ser realizado em Dezembro, disse que o processo está a criar as bases para o reforço da unidade interna.
Reiterou o compromisso contínuo do partido na luta pela melhoria das condições sociais e económicas das populações, de forma a honrar os compromissos assumidos.
Para o efeito, disse ser necessário um rigoroso diagnóstico da situação económica e social do país, de forma a encontrarem-se medidas e políticas adequadas para combater a crise económica e financeira, assim como os efeitos da pandemia da Covid-19.
Sublinhou que só desta forma é que o MPLA pode concretizar os programas gizados, tendo em conta as transformações que o país está a viver, realçando que o partido está atento aos problemas de carência de água e da fome, da saúde, educação energia, vias de acesso, entre outros.
Durante o seu discurso, a política fez menção aos projectos estruturantes em curso de combate à seca, assim como a construção do novo Hospital Geral de Ondjiva, com capacidade de 200 camas, bem como a construção da Centralidade de Ondjiva, com mil fogos habitacionais, como prova desta permanente preocupação.
Gerdina Didalelwa reconheceu que o mandato de 2016/2021 foi o mais difícil na província, devido à morte de sete membros do comité provincial, incluindo o então primeiro secretário, António Didalelwa, que originou na eleição de três primeiros secretários, mediante a realização de conferências extraordinárias.
De acordo com a dirigente, este fenómeno provocou alterações nos órgãos e descontinuidade na dinâmica de actuação que comprometeram a execução cabal dos programas e projectos do governo, anunciados como promessas eleitorais de 2017.
A par disso, apontou a crise económica e financeira, a problemática seca e da fome, a praga de gafanhotos e a pandemia da covid-19, como situações que atrapalharam significativamente o Plano de Acção aprovado em 2016.
Por outro lado, disse que o partido atravessa uma fase de saída e entrada de novos membros, daí a necessidade dos militantes compreenderem esse processo inscrito nos estatutos do partido.
Apelou aos militantes mais antigos a não encararem este momento como o fim de um ciclo político, devendo transmitir os conhecimentos aos novos camaradas, visando o fortalecimento do MPLA , rumo aos desafios eleitorais que se avizinham.
No certame, para além da eleição do novo primeiro secretário provincial, os delegados vão analisar, discutir e balancear as actividades desenvolvidas durante os últimos cinco anos, bem perspectivar as acções para o mandato seguinte, eleger o novo comité provincial e delegados ao VIII congresso, a realizar-se em Dezembro.
Acompanha os trabalhos o coordenador do grupo de acompanhamento do secretariado do Bureau Político em exercício, Adriano Meireles Patrocínio.