Caxito - A revolta dos camponeses da região da Baixa de Cassanje contra o regime colonial português impulsionou a conquista da independência nacional do país, consideraram hoje, em Caxito, ex-guerrilheiros.
Reunidos numa mesa redonda com o objectivo de assinalar o da Revolta da Baixa de Cassanje, que hoje se assinala, os ex‐combatentes referiram‐se a necessidade de transmitir às novas gerações a importância da data e os objectivos alcançados.
Em declarações à imprensa, Gomes Freitas Mateus, ex-guerrilheiro, disse que a revolta da baixa de Cassanje faz parte dos acontecimentos que incentivaram os angolanos a lutar contra o regime colonial, por isso, referiu, deve ser explicada aos mais jovens.
Gomes Mateus lembrou as actividades praticadas na altura, principalmente das canções patrióticas que, no seu entender "faziam estremecer a pátria".
Luciano Chila, também ex-combatente, considerou a data como sendo um dia de reflexão e pediu à juventude para promover a cultura de paz e de reconciliação nacional.
Eugénia Mateus, igualmente ex-guerrilheira, disse que os acontecimentos de 4 de Janeiro permitiram o avanço da luta armada e deram lugar a independência e a luta pelo desenvolvimento de Angola.
O director do Gabinete Provincial do Bengo dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Óscar Bangula, sublinhou que a nova geração deve conhecer os sacrifícios consentidos pelos angolanos durante a época colonial.
Pediu aos antigos combatentes para contribuirem para o desenvolvimento dos país, criando cooperativas agrícolas e profissionais bem como outras acções que visam o aumento da produção nacional.
A revolta dos camponeses da antiga companhia luso-belga da Cotonang, aconteceu a 4 de Janeiro de 1961, em Malanje, devido aos maus tratos a que eram submetidos. MD/IF