Chicala-Cholohanga – O comandante da Região Militar Centro, tenente-general Dinis Segunda Lucama, considerou, esta sexta-feira, que a incorporação nas Forças Armadas Angolanas deve ser motivada pelo espírito patriotico, para que não seja confundida como uma mera oportunidade de emprego.
O responsável castrense falava na cerimónia de abertura do 20º curso de Instrução Básica Militar, a decorrer no Centro de Instrução de Tropas do Exército “Heróis de Kangamba”, no município da Chicala-Cholohanga, província do Huambo.
O tenente-general Dinis Segunda Lucama referiu que a incorporação militar deve ter como fundamento a defesa da Pátria e não para a melhoria das condições sociais.
Explicou que o curso de instrução básica militar faz parte de um conjunto de estratégia do Comando Superior Militar para a reedificação das FAA e do Exército, em particular, com o objectivo de dotar os recrutas de elementos técnicos e tácticos para darem resposta a qualquer situação que aponte para a desestabilização do solo pátrio angolano.
O tenente-general Dinis Segunda Lucama acrescentou que as FAA têm, actualmente, as atenções viradas para modernização, rejuvenescimento e no aperfeiçoamento da estrutura organizativa, com instrução de normas militares que se coadunam com as exigências da defesa da integridade territorial, consagrada na Constituição da República de Angola.
Referiu que a formação militar de cada indivíduo se processa de maneira gradual e contínua ao longo da carreira castrense, assegurando uma interligação cogente das várias fases de sua formação nas diferentes formas de prestação do serviço voltado à defesa da Pátria.
Recorrendo-se na máxima militar, segundo a qual “o suor vertido na instrução é sangue poupado no combate”, encorajou os recrutas a prosseguir com determinação no cumprimento do dever mais nobre da Pátria angolana.
O curso de instrução básica militar visa habilitar os jovens recrutas com conhecimentos necessários para a defesa nacional, com foco na garantia da independência nacional, da integridade territorial, da liberdade de segurança de pessoas e bens, contra qualquer agressão ou ameaça externa, no quadro da ordem constitucional e do direito internacional.
Em três meses, os mil recrutas, sendo 850 homens e 150 mulheres, terão contacto com matérias ligadas à táctica geral, armamento tiro de infantaria, preparação física, topografia, engenharia e sapadores, informação e contra informação, terrorismo, educação moral e cívica, transmissões, saúde e sanidade militar, defesa química, ordem unida, continência e honras militares, justiça e disciplina militar, serviço das unidades e educação ambiental.