Namacunde – Cento e 80 casos de violações de fronteira foram registados no período de Setembro a 23 de Outubro deste ano, pelo sistema de vigilância do Centro de Comando e Controlo, instalado na zona fronteiriça de Santa Clara, município de Namacunde, Cunene.
A informação foi prestada, esta quarta-feira, pelo chefe de Educação Patriótica da Polícia de Guarda Fronteira (PGF) no Cunene, Inspector Lino Chipalanga, à margem da visita dos funcionários da Agência Angola Press (ANGOP) para se inteirar do funcionamento do órgão.
O centro foi o primeiro sistema tecnológico de controlo e vigilância do país, instalado na fronteira de Santa Clara, integra uma torre de 16 metros de altura, câmaras de visualização num raio de 27 quilómetros de distância e de radar.
Funciona desde Setembro, com nove computadores, 10 operadores e integra câmaras electrónicas em sistemas de comunicação satélites combinadas, para detectar e confirmar qualquer delito no perímetro fronteiriço.
Na ocasião, disse que as infracções mais recorrentes no perímetro fronteiriço são a fuga ao fisco de mercadorias, como massango, contrabando de combustível, violações domésticas de cidadãos nacionais que pretendem entrar na Namíbia na busca de sustento.
Explicou que a instalação deste sistema veio reforçar o enfrentamento ao longo da fronteira e melhorar na actuação naquilo que é o seu controlo a distância.
Fez saber que a única dificuldade com o envolvimento da técnica de vigilância tem haver com a capacidade de resposta de reacção, devido a insuficiência de meios de transporte para permitir a intervenção a tempo e hora das infracções observadas.
Por seu turno, o comandante da sub-unidade da PGF em Namacunde, Miguel Cazevo, disse que apesar das dificuldades das manobras operativas em função da população que construíram residências nas proximidades da linha fronteiriça, têm dado uma resposta a altura.
O oficial afirmou que mesmo assim continuam a intensificar as acções de patrulhamento para garantir a inviolabilidade da fronteira Angola e Namíbia, bem como prevenir o contrabando de combustível e de outras mercadorias.
Miguel Cazevo apelou os cidadãos a passarem pelo posto fronteiriço de Santa Clara, pagando um valor da mercadoria que transportam, como forma de contribuir aos cofres do Estado.
As visitas enquadram-se num conjunto das actividades programadas em saudação aos 48 anos de existência da ANGOP, a comemorar-se no próximo dia 30.
A ANGOP foi criada em Julho de 1975, com a denominação de Agência Nacional Angola Press (ANAP). No início, os seus trabalhos eram distribuídos sob a forma de boletim impresso, até que, no dia 30 de Outubro do mesmo ano, lançou o seu primeiro despacho telegráfico.
No dia 2 de Dezembro de 1975, a agência adoptou a sua actual e definitiva denominação "Agência Angola Press", ao lançar, nesta data, o seu primeiro despacho com a sigla ANGOP. PEM/LHEVIC