Luanda – Várias homenagens foram feitas, este sábado, em memória do antigo deputado da Assembleia Nacional (AN) Francisco de Castro Maria, falecido na África do Sul, aos 58 anos de idade, vítima de doença, e enterrado ao princípio da tarde, na capital do país.
No velório, políticos, religiosos, académicos e pessoas de outros extractos sociais realçaram os feitos e legado deixados por Castro Maria.
Em declarações à imprensa, a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, referiu ser com profunda consternação, dor e tristeza que se despediu do antigo deputado, que durante a sua missão na Casa das Leis sempre mostrou-se como sendo uma pessoa de exemplos e valores, deixando por isso um legado inestimável às jovens gerações.
“Nós prestamos-lhe o merecido reconhecimento e gratidão pelo seu contributo ao bem comum, pelo seu espírito altruísta, pela sua humildade, simplicidade e pelo que nos deu a cada um de nós do ponto de vista pessoal e colectivo”, referiu.
Já a vice-presidente do MPLA, Luísa Damião, referiu-se à homenagem merecida a Francisco de Castro Maria, “um militante convicto, que cumpriu com brio e profissionalismo o seu papel dentro do partido”.
Acrescentou que, com a sua partida, “perdemos um militante distinto, convicto, dedicado ao MPLA, defensor de causas nobres, um académico e camarada que sempre esteve disponível para cumprir com as missões que lhe foram incumbidas”.
“Neste momento de luto e consternação nós inclinamo-nos perante a sua memória e apresentamos à família enlutada as nossas mais sentidas condolências”, acrescentou.
Para Luísa Damião, Castro Maria era de facto um homem com invulgares qualidades humanas que serviu à pátria com muito brio e dedicação, deixando um legado às novas gerações.
Francisco de Castro Maria foi deputado à Assembleia Nacional pelo círculo nacional, no período de 2008-2017, que corresponde a II e III legislaturas, tendo nesta fase assumido o cargo de presidente da 6ª Comissão, então denominada Comissão de Educação, Cultura, Assuntos Religiosos e Comunicação Social.
Ao longo da sua carreira, desempenhou os cargos de director do Instituto Nacional para os Assuntos Religioso (INAR) e do Complexo Escolar das Artes (CEARTE), instituições afectas ao ministério da Cultura e Turismo.
Até a data da sua morte era membro do Comité Central do MPLA.
Castro Maria teve também uma relevante vida religiosa, sendo pastor da Igreja Metodista Unida Central de Luanda e de Benguela. Foi ainda administrador do município do Cazengo, na província do Cuanza-Norte.
No seu percurso, destaca-se ainda a carreira de docente de filosofia na Faculdade de Letras da Universidade Agostinho Neto. SC