Luanda – A UNITA denunciou, nesta terça-feira, a existência de supostos actos de “corrupção eleitoral”, que podem, no seu entendimento, “ameaçar a lisura e a transparência” das eleições gerais em Angola, previstas para Agosto.
Em conferência de imprensa, o partido da oposição faz referência, sem especificar, a eventuais doações ou ofertas susceptíveis de representarem uma compra de votos.
Além destes aspectos, aquela força política diz-se preocupada com a questão da data da convocação das eleições, do Registo Eleitoral Oficioso e da solução tecnológica que a Comissão Nacional Eleitoral (CNE) pretende adquirir para apurar e transmitir os resultados eleitorais.
A UNITA informa que tem empreendido, junto dos órgãos competentes do Estado angolano, acções tendentes à eliminação desses supostos problemas, em tempo útil.
O partido recomendou a participação massiva dos cidadãos, nas próximas eleições gerais, tendo em conta que a democracia é o regime da paz, do respeito pela vontade do outro, manifestada apenas pelo voto livre e igual de todos.
A conferência de imprensa foi orientada pelo presidente do grupo parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka.
As próximas eleições gerais em Angola, as quintas da história política do país, estão previstas para a segunda quinzena de Agosto próximo, como estabelece a Constituição da República de Angola (CRA), revista em 2021.
Nas eleições anteriores, realizadas em 2017, o MPLA obteve 61,7 por cento dos votos, que lhe permitiram a conquista de 150 assentos na Assembleia Nacional, bem como a eleição do seu líder, João Lourenço, para o cargo de Presidente da República.