Huambo – A Unita na província do Huambo questionou hoje, terça-feira, a qualidade do serviço prestado pelo Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INAMET), por não ter previsto a seca que se regista um pouco por todo o país.
Esta instituição, tutelada pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, tem por objectivo contribuir para a protecção de vidas e de bens, assim como apoio o desenvolvimento sustentável do país, através de informação meteorológica e geofísica confiável.
Em Setembro de 2020, apresentou um relatório da Previsão Sazonal que apontava um volume de precipitação acima da média, igual ou superior a 700 milímetros (mm), no primeiro trimestre de 2021 (de Janeiro a Março), com maior incidência para a região Centro e Sul do país, que actualmente se debate com a ausência prolongada de chuva.
A estação chuvosa em Angola vai de 15 de Agosto a 15 de Maio.
Em declarações à imprensa, o secretário para o governo sombra da Unita na província do Huambo, Morais Carlos Sawossi, disse que os serviços do INAMET deviam prestar uma informação fiável sobre a estiagem que o país enfrenta desde Dezembro de 2020.
Segundo o político, esta informação permitiria as famílias camponesas se absterem da produção do milho, feijão, entre outras, apostando, deste modo, em culturas resistentes à seca, como a massambala, mandioca e a batata-doce.
“Sentimos muito pelas consequências da seca, não temos dúvidas de que haverá fome, nos próximos dias, quando esta instituição do Estado devia melhor prevenir os camponeses”, lamentou.
Por outro lado, o político disse que o Governo da província do Huambo deveria aproveitar melhor as albufeiras dos rios Keve, Cunene, Cuando e outros, com a criação de valas de irrigação, principalmente nesta fase de ausência prolongada de chuva.
Para época agrícola 2020/2021, foram preparados, nesta província, mais de 700 mil hectares de terras aráveis, envolvendo 256 mil famílias camponesas.