Luanda - Os países membros do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas pelas Questões de Segurança na África Central ( UNSAC) decidiram, nesta sexta-feira, adoptar uma estratégia comum para evitar a propagação da pandemia da Covid-19 na região.
Segundo o ministro angolano das Relações Exteriores, Tête António, que fazia o balanço da 50ª reunião do referido comité realizada por vídeo-conferência, os Estados membros manifestam a sua satisfação pela luta integral contra a pandemia, por constituir prioridade dos Estados Membros.
O governante angolano deu ainda a conhecer que reiteraram o apoio ao apelo do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para que os conflitos ao redor do planeta sejam paralisados, em um cessar-fogo "mundial", para que as atenções fiquem concentradas ao combate à Covid-19.
Em relação a paz e segurança, adiantou ter sido aprovada a proposta da Guiné Equatorial para uma reunião, brevemente, para analisar os perigos da pirataria marítima.
Conforme Téte António, após a crise do Corno de África, a região Central começou a ser afectada pela pirataria marítima, em que países como a Guiné Equatorial têm sofrido com incursões de piratas por ser uma região rica em recursos minerais e marítimos, que atraem a atenção desses malfeitores.
Neste contexto, adiantou, a necessidade de se concertar os mecanismos para o combate eficaz a este mal.
No âmbito da sua presidência, segundo o ministro, Angola tinha como agenda o impacto humanitário das mudanças climáticas na África Central, com destaque para o Chad, onde as reservas de água se estão a esgotar na ordem dos 90 por cento.
Tête António afirmou que devido a actividade intensa do grupo Boko Haran, Angola tinha como pretensão partilhar a sua experiência no que diz respeito a desmobilização e reintegração de ex-militares.
Durante o encontro foram, igualmente, abordadas questões relacionadas com a paz e segurança, com realce para os processos eleitorais previstos para o período 2021/2023.
Neste contexto apelaram os estados a respeitarem os resultados eleitorais, tendo merecido uma atenção especial para a Republica Centro Africana, que realiza o seu pleito eleitoral brevemente.
A 50ª reunião da UNSAC abordou temas como “ África Central e a covid-19”: abordagem colectiva e estratégias de saída da crise”, “Paz e segurança para eleições inclusivas na África Central”, entre outros assuntos.
Além de Angola, são igualmente membros do Comité Consultivo Permanente das Nações Unidas pelas Questões de Segurança na África Central ( UNSAC) o Burundi, Gabão, Camarões, República do Congo, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Ruanda, República Centro Africana e Guiné Equatorial.