Benguela - Mil e sessenta e cinco passaportes ordinários estão por se levantar no guiché da Direcção Provincial de Benguela do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), alguns dos quais podendo caducar nos próximos dias, soube a ANGOP.
A informação foi avançada pelo director provincial do SME em Benguela, comissário de migração Joaquim Ukala, durante a cerimónia comemorativa do 48° aniversário da instituição (19/4).
Segundo o responsável, dos referidos passaportes, 202 entrarão em caducidade até ao primeiro semestre deste ano, sem que os utentes os reclamem.
Joaquim Ukala afirmou que a situação preocupa a instituição, e que, nos próximos dias, serão afixadas as listas de levantamento do documento nas administrações municipais e no SIAC.
O oficial comissário fez saber que, no presente ano, foram recepcionados e tramitados 7.993 processos para emissão de passaportes, dos quais 1.562 actos de estrangeiros.
Quanto ao controlo de cidadãos estrangeiros, Joaquim Ukala assegurou serem 1.561 a residirem legalmente em Benguela, sendo 273 com autorização de residência, 838 com vistos de trabalho e 52 cidadãos com permanência temporária.
Deu ainda a conhecer o controlo de quatro cidadãos com vistos de investidores, 56 refugiados e 338 requerentes de asilo.
Na mesma senda, referiu que as nacionalidades portuguesa, com 327 cidadãos, e chinesa, com 255, são as mais representativas a nível da província de Benguela.
Ainda no período em referência, o SME fez o registo de 24 infracções migratórias que resultaram na aplicação de multas e expulsão administrativa de três cidadãos estrangeiros, cujas nacionalidades não foram reveladas.
O director do SME fez saber que no presente ano foram arrecadados 332 milhões, 972 mil e 157 kwanzas para os cofres do Estado.
Por outro lado, reconheceu o engajamento dos funcionários do SME local, bem como dos cidadãos que, de foram particular, têm contribuído cada vez mais para o êxito da instituição na construção de um país mais seguro, justo e próspero para todos os seus habitantes.
Assegurou que o SME pretende continuar a manter estreitamente a parceria com a sociedade civil e os órgãos internacionais, para promover uma migração mais humana, solidária e sustentável.
Aproveitou a oportunidade para apelar os efectivos a absterem-se de actos de corrupção, para que sejam verdadeiros mensageiros das boas práticas para um melhor trabalho do SME.
Sob o lema "SME 48° anos apostando na gestão de fronteiras para a facilitação do turismo e do investimento privado", o acto ficou marcado com entrega de menções honrosas aos trabalhadores mais destacados. CRB