Luanda – O bastonário da Ordem dos Enfermeiros de Angola (ORDENFA), Paulo Luvualo, considerou, nesta segunda-feira, insuficiente o número de profissionais em função para a demanda de pacientes nas unidades sanitárias do país.
Paulo Luvualo, que falava à ANGOP no âmbito do 12 de Maio, Dia Internacional do Enfermeiro, afirmou que o rácio profissional por habitante está abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com cerca de 30 milhões de habitantes, o rácio nacional é de 1,7 profissionais para cada mil habitantes.
O país conta com mais de 60 mil profissionais de enfermagem, 53 mil e 749 inscritos e credenciados pela ORDENFA.
Dos inscritos e credenciados, 33 são enfermeiros especialistas, quatro mil e 453 enfermeiros, 456 bacharéis em enfermagem, 89 técnicos médios de enfermagem especializados, 43 mil e 988 técnicos médios de enfermagem e quatro mil e 730 auxiliares de enfermagem.
Sem avançar dados sobre o número de enfermeiros colocados na esfera privada, avançou que os dados recentes do Ministério da Saúde (MINSA) indicam que aproximadamente 33 mil a 38 mil estão na função pública, sendo que quatro mil e 829 enfermeiros foram admitidos no último concurso público realizado pelo sector.
A província de Luanda conta com 26 mil e 282 profissionais e o Bengo é a província com o menor número, contando com 413 profissionais listados.
Conforme Paulo Luvualo, a distribuição obedece a critérios como o tamanho da população, perfil epidemiológico, distância entre as unidades sanitárias e o nível de prestação de cuidados (primário, secundário, terciário).
Segundo a nomenclatura do Conselho Internacional de Enfermagem, o enfermeiro é o profissional de nível superior, estratificando desta forma a classe em auxiliar de enfermagem (técnico básico), técnico médio de enfermagem, Bacharel em enfermagem e enfermeiro (licenciado).
O profissional da saúde denunciou haver muitos profissionais da enfermagem que trabalham ilegalmente na função pública e sob protecção dos directores das instituições onde trabalham.
O Dia Internacional do Enfermeiro foi instituído em homenagem a Florence Nightingale, uma enfermeira britânica, de ascendência italiana, que destacou-se durante a Guerra da Criméia (1854).
Florence Nightingale é considerada mãe da enfermagem, por transformar o modo de funcionamento do Hospital Militar do Exército inglês na Turquia e ao introduzir mudanças na prestação de cuidados de saúde.