Malanje- Para cobrir a escassez de médicos especialistas na região, o Gabinete de Saúde de Malanje deu início, nesta sexta-feira, ao plano de formação de 64 médicos em 6 especialidades.
O curso, com duração de 4 anos, vai formar 36 especialistas em medicina familiar, 10 em ginecologia e obstetrícia, 6 em gastrenterologia, 5 em medicina interna, 4 em cirurgia e 3 em otorrinolaringologia, de modo a melhorar a assistência médica nos níveis primário e secundário.
As aulas vão ter lugar nas unidades hospitalares da província e serão ministradas por 24 docentes, entre angolanos, cubanos e russos afectos à Faculdade de Medicina de Malanje, da Universidade Njinga Mbande.
A iniciativa, implementada pela primeira vez em Malanje, faz parte do Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2018/2022.
A para destes especialista, 60 estão a ser formados em Luanda, com vista a cobrir as “brechas”, sobretudo nos municípios do interior onde não existe nenhum médico especialista angolano.
Ao proceder a abertura do curso de especialização, o vice-governador provincial para o sector Político, Económico e Social, Domingos Eduardo, considerou oportuna a formação de mais especialistas angolanos, por ajudar a alargar a oferta de serviços e melhorar a assistência médica.
Assegurou que a estratégia traduz a aposta do Executivo angolano na melhoria dos serviços de saúde e consequente garantia do bem-estar da população.
Por seu turno, o director do Gabinete Provincial da Saúde, Avantino Sebastião, informou que o sector conta com apenas 35 especialistas, maioritariamente expatriados e com vínculos laborais temporários, pelo que caracteriza a formação de técnicos nacionais como um ganho.
Lembrou que, recentemente, muitos serviços especializados nas unidades de referência da província tiveram que paralisar devido a cessação de contrato de alguns médicos expatriados, situação entretanto minimizada, com a chega a província de pelo menos 15 técnicos expatriados, nos últimos 2 meses.