Caxito - Dezassete novos casos de tripanossomíase foram notificados na província do Bengo, de Janeiro a Setembro, deste ano, um aumento de 15 casos comparativamente ao ano 2020 em que houve apenas duas ocorrências.
Em declarações à ANGOP, o director do Centro de Tripanossomíases do Bengo, António Moio, justificou o aumento com o número reduzido de armadilhas devido A crise financeira que o país atravessa e lembrou que a última aquisição de armadilhas foi feita em 2013, altura em que foram adquiridas oito mil.
Neste momento não há registo de mortes causadas pela doença, mas 21 doentes encontram-se sob acompanhamento médico e 101 pessoas estão sob vigilância epidemiológica.
O município do Ambriz (Sede e Tabi) e Dande (Kicabo) são as áreas de maior risco e número de casos na província.
Entre Janeiro e Setembro foram instaladas nos seis municípios 600 armadilhas (contra 830 montadas em 2020), prevendo-se montar até o final do ano 2.500.
Neste mesmo período foram capturadas 56 mil e 759 moscas tsé-tsé (vector da doença do sono). Este processo decorre até o momento, prevendo-se o aumento desta cifra.
O responsável disse ser intenção do centro instalar, anualmente, cerca de cinco mil armadilhas nas zonas suspeitas da doença.
Assegurou a existência de stok suficiente nas unidades sanitárias para dar resposta a demanda.
Para 2022, perspectivou o aumento dos trabalhos de prospecção activa da doença, do número de armadilhas e das acções de informação, educação e comunicação nas comunidades sobre a doença.
O Centro de Tripanossomiase no Bengo conta actualmente com uma equipa composta por 12 elementos, entre enfermeiros, técnicos de laboratório e de luta anti-vectorial, que trabalham em colaboração com efectivos das Forças Armadas Angolanas e da população.