Cuito - Mais de mil famílias na Missão Evangélica de Chilonda, no município do Cunhinga, província do Bié, estão há dois anos, impossibilitados de receber assistência médica/medicamentosa, depois da vandalização da única unidade sanitária, por cidadãos desconhecidos.
Com a capacidade para 20 camas, a unidade sanitária foi erguida em 2015, pela Organização Não-Governamental (ONG) americana “RISE” e apetrechada pela Administração municipal do Cunhinga.
Diariamente eram atendidos mais 50 pacientes com malária, doenças diarreicas e respiratórias agudas, febre tifóide, infecções de transmissão sexual, entre outras.
De acordo com o secretário da Igreja Evangélica dos Irmãos em Angola (IEIA) no Bié, pastor Raimundo Isidro, em declarações hoje, quinta-feira, à ANGOP, a vandalização obrigou os enfermeiros saíram da missão, facto que deixou o posto totalmente inoperante.
Informou que quase tudo foi retirado, desde camas, equipamentos de diagnóstico, portas, janelas, entre outros bens.
Enquanto permanecer a situação, disse, a população esta ser forçada a percorrer mais de trinta quilómetros, em busca de cuidados médicos na sede municipal do Cunhinga.
Para mitigar a situação, pastor Raimundo Isidro, o Governo do Bié e a IEIA, mobilizam recursos financeiros, para que, ainda neste ano, seja recuperado o empreendimento social.
“O Governo provincial já realizou o levantamento dos danos e, neste momento, aguarda-se pela disponibilização da verba”, disse.
A Igreja Evangélica dos Irmãos em Angola existe no país há 139 anos, para além da expansão do evangelho, aposta igualmente no sector social, na construção de diversas infra-estruturas das áreas da saúde, educação, águas e saneamento básico do meio e outras. JEC/BAN/ALH