Benguela - O bloco operatório da Maternidade do Hospital Geral de Benguela (HGB) voltou a funcionar, esta segunda-feira, após mais de dois anos encerrado para obras de reabilitação.
Ao que a ANGOP apurou, este bloco cirúrgico deixou de funcionar em Março de 2021, período aproveitado para realizar obras de ampliação e modernização há muito reclamadas, tendo em vista a melhoria da qualidade do atendimento.
Reinaugurado pelo governador provincial de Benguela, Luís Nunes, no quadro do programa de melhoria da prestação dos serviços de saúde à população, o bloco operatório da Maternidade possui agora três salas de cirurgia, área de recobro com 12 camas e duas salas de urgência.
Em declarações a jornalistas, o director do Hospital Geral de Benguela, Divane Marcolino, afirmou que o bloco operatório dispõe de excelentes condições tecnológicas para a realização das intervenções cirúrgicas dentro dos padrões exigidos.
Por essa razão, considera um ganho para todos a reabertura desta área vital no processo de assistência às utentes que acorrem diariamente à unidade sanitária.
Deu a conhecer que, por falta desse serviço, o atendimento era deficiente, porque as pacientes da Maternidade eram transportadas até ao bloco central do HGB, para procedimentos cirúrgicos.
O responsável salientou que essas dificuldades para assistir prontamente as utentes dentro das instalações da Maternidade já fazem parte do passado.
A dedicação dos técnicos que, mesmo altas horas da noite, transportavam as pacientes para o bloco central, é outro aspecto que Divane Marcolino faz questão de enaltecer.
Desta forma, frisou que o principal bloco operatório do Hospital Geral de Benguela fica desafogado, até porque tinha uma das salas ocupadas pela Maternidade, o que limitava a sua actividade.
O também médico ginecologista e obstetra referiu que essa autonomia a nível do bloco operatório vai permitir à Maternidade desbloquear algumas cirurgias na lista de espera há já algum tempo.
"Podemos realizar três intervenções ao mesmo tempo. Vamos ter maior fluidez no atendimento", destacou, visivelmente agradado, o máximo responsável do HGB pelo conforto e comodidade à disposição das utentes.
Por outro lado, apontou como outro desafio a questão de recursos humanos, já que, a seu ver, a necessidade de mais médicos ainda é gritante.
Perante este quadro, reconheceu que o programa de formação levado a cabo pelo Hospital Geral de Benguela tem ajudado a suprir o actual défice, tal como o recurso aos médicos expatriados.
A Maternidade do Hospital Geral de Benguela realiza em média 30 partos/dia, sendo 40 por cento cesarianas. JH/CRB