Caála – Uma média de 100 casos de malária são registados diariamente no hospital municipal da Caála (Huambo), fazendo com que a direcção passe a acomodar dois a três doentes numa mesma cama, constatou a ANGOP, esta terça-feira.
Ao confirmar o facto, a directora da unidade sanitária, Beatriz Vieira Kaguelengue, disse que o aumento de casos de malária, transmitida pela picada do mosquito, tem a ver com as fortes chuvas que se abatem sobrea a localidade, aliada à chegada tardia dos pacientes ao hospital.
A responsável informou que, dos 100 casos registados em média por dia, 40 chegam a internar, obrigando, deste modo, a direcção do hospital a acomodar dois a três doentes numa mesma cama, sobretudo na área de pediatria.
Lembrou que, de Janeiro a Março deste ano, foram registados quatro mil e 544 casos de malária, com 44 óbitos, quando no primeiro trimestre de 2020 o número foi de dois mil e 482 casos, com 43 falecimentos.
Beatriz Vieira Kaguelengue explicou que malária é uma doença possível de ser prevenida, através da observância rigorosa do saneamento básico, com a eliminação dos focos de águas paradas, além do uso correcto do mosquiteiro impregnado com insecticida.
Disse que o hospital da Caála, com um orçamento mensal de 40 milhões de Kwanzas, utilizados para compra de fármacos, material gastável e outros serviços, atende, igualmente, doentes idos dos municípios da Ecunha, Longonjo e Ucuma, assim como de zonas limítrofes das províncias de Benguela e Huíla.
Com 189 camas, o hospital municipal da Caála, criado em 1970, presta serviço nas áreas de maternidade, pediatria, medicina geral, banco de urgência, bloco operatório, raio X, estomatologia, oftalmologia, ortopedia, hemoterapia, entre outros, assegurados por 189 profissionais.