Benguela – A petrolífera britânica BP doou hoje, sábado, materiais prostéticos ao Centro Ortopédico e de Reabilitação Física de Benguela, visando aumentar a produção de próteses e órteses para a recuperação da mobilidade dos pacientes amputados.
Trata-se de componentes rígidos fabricados tais como pés, tornos, parafusos, ajustes ou articulações, que vão reforçar a capacidade de resposta do Centro Ortopédico e de Reabilitação Física de Benguela face às necessidades dos pacientes com mobilidade física condicionada.
Em declarações à ANGOP, o responsável daquela unidade de medicina física, Mário Coelho, agradeceu o gesto da BP porque a falta deste importante material prostético tem vindo a dificultar a produção de próteses e órteses.
Acredita que os componentes vão ajudar a revitalizar a actividade do Centro Ortopédico e de Reabilitação Física de Benguela, tendo em vista a satisfação das necessidades dos pacientes que se encontram na lista de espera há já muito tempo.
“Já temos material suficiente e muitos pacientes poderão aparecer”, acentuou, explicando que o processo de reabilitação física pode levar um mês, desde a montagem do material e o ensaio até que o paciente se adapte ao dispositivo.
Para ele, esses componentes são como "a centelha de esperança” dos pacientes que sofreram amputação nos membros superiores ou inferiores ou com outras sequelas físicas, pois substituem os segmentos ósseos atrofiados.
“Os técnicos também estão mais animados, depois de algum tempo parados por falta de material”, contou. E refere que os pacientes com problemas de locomoção passam por um treinamento para recuperar as funções do sistema locomotor.
Por outro lado, Mário Coelho queixa-se da falta de instalações próprias e da carência de recursos humanos, uma vez que o centro funciona apenas com quatro técnicos, não obstante que as reais necessidades apontem para 12 profissionais.
Madeleine Achurch, gerente provincial de Benguela da organização Halo Trust, que representou a BP na cerimónia, realçou que os equipamentos doados visam ajudar os pacientes amputados e com outras sequelas físicas que acorrem ao centro de reabilitação física.
O Centro Ortopédico e de Reabilitação Física de Benguela, cujas obras de reabilitação das antigas instalações estão paradas há nove anos, atendeu, em 2021, mais de dez mil pacientes.