Cuito - O Governo da província do Bié defendeu hoje, quinta-feira, na cidade do Cuito, a necessidade do Conselho de Auscultação e Concertação Social da comunidade reforçar o apelo à população, sobre o respeito obrigatório das normas de biossegurança contra a Covid-19, para evitar a disseminação da pandemia.
Ao discursar na primeira reunião extraordinária do Conselho Provincial de Auscultação e Concertação da Comunidade (CAC), o governador do Bié em exercício, José Fernando Tchatuvela, recomendou maior envolvimento na árdua tarefa, que visa a consciencialização da população sobre o perigo da doença.
O responsável, prevendo a abertura do ano lectivo 2021/2022, considerou ser importante o redobrar da vigilância e o despertar da população, para a denúncia de pessoas com síndrome respiratória nas comunidades.
Bié tem um total de 423 casos positivos, 375 recuperados, 39 activos e nove óbitos, tendo a província registado ainda o abandono de 11 pessoas, dos centros de tratamento, sem qualquer justificação.
O director do gabinete provincial da Saúde no Bié, João Campos, ao apresentar os dados sobre a Covid-19, recordou que o seu sector não dispõe de testes rápidos contra a doença, apelando ao cumprimento das medidas de biossegurança.
Por sua vez, o delegado do Ministério da Interior no Bié, comissário Gabriel Francisco Diogo, ao falar sobre o asseguramento dos centros de tratamento da Covid-19, disse que estão controlados 15 unidades, sendo 11 de quarentena e quatro de tratamento, nos nove municípios da província.
No quadro da luta contra a Covid-19, prosseguiu, no mês de Julho último foram realizados quatro mil 977 acções de sensibilização, mais de 60 mil cidadãos foram rasteados, 80 cidadãos foram actuados, por não uso da máscara e aplicadas diversas multas, por incumprimento da lei sobre a prevenção da pandemia.
O representante da Cruz vermelha de Angola (CVA) no Bié e membro do CACS, Ângelo Sassango, manifestou-se preocupado com o comportamento negativo de alguns populares, sobretudo, em óbitos, agências bancárias, praças e outros locais de maior concentração populacional, que insistem em desrespeitar as recomendações das autoridades sanitárias.
Já o pastor da Igreja Evangélica Congregacional em Angola (IECA) no Bié, José Chituque Gamo Manuel, mostrou-se indignado com a fuga de pacientes dos centros de tratamento e defendeu a responsabilização dos transgressores, assegurando o apoio da sua igreja na luta contra a doença.
Luís Cardoso, presidente da Associação dos Motoqueiros (AMOTRANG) na província, reconheceu os esforços do governo, desde a construção de locais de quarentena, aquisição de fármacos, vacinas e outros meios gastáveis no combate à Covid-19, mas solicitou ao sector da saúde a vacinar, o mais rápido possível, os associados da organização contra a doença.