Addis-Abeba – A secretária de Estado das Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, enalteceu, esta quinta-feira, a acção do Centro Africano para a Prevenção e Controlo de Doenças (CDC) na assistência aos Estados membros na resposta à pandemia da Covid-19.
Esmeralda Mendonça, que chefia a delegação angolana que participa na 39ª sessão do Conselho Executivo da União Africana, reconheceu a liderança do CDC na resposta à pandemia e a importância estratégica do seu papel no tratamento de futuros surtos.
A responsável defendeu a operacionalização completa e atempada do CDC e apoiou os esforços para se reforçar a sua capacidade jurídica, permitindo que esta instituição da UA possa identificar atempadamente os surtos de doença, caracterizar rapidamente a sua natureza, determinar o potencial risco para o continente e contribuir para uma resposta harmonizada e coordenada com outros sectores que não sejam da saúde.
Esmeralda Mendonça exprimiu satisfação pela realização presencial da 39ª sessão ordinária do Conselho Executivo da União Africana nesta conjuntura difícil em que perpassa o mundo, decorrente da pandemia da Covid-19 e suas consequências sanitárias, sociais, económicas e financeiras.
A responsável congratulou-se pela acção do Comité dos Representantes Permanentes (COREP) relativo à proposta de orçamento para 2022, tendo apoiado as conclusões contidas no relatório da 42ª sessão ordinária.
No entanto, Esmeralda Mendonça manifestou-se preocupada em relação a extensão recorrente do mandato do Comité dos Dez Peritos para o Recrutamento (R10), devido às suas implicações financeiras e sugeriu que o referido comité termine o seu trabalho em Julho de 2022.
Em relação ao tema da União Africana para o próximo ano, 2022, referente a nutrição e segurança alimentar, a Secretária de Estado das Relações Exteriores qualificou-o como uma problemática que convida a uma reflexão sobre como obter resultados práticos, conducentes a criação de melhores condições de vida, para as populações.
Sublinhou que a má nutrição é um dos grandes desafios que a África enfrenta, agudizado pela pandemia da Covid-19, afectando as camadas mais vulneráveis da população, composta, maioritariamente, por mulheres, crianças e jovens, representando um risco sério ao futuro do continente.
“Consideramos importante à implementação das recomendações do programa global, para o desenvolvimento da agricultura em África (CAADP) e a declaração de Malabo, para reforçar os programas de produção agrícola e de segurança alimentar”, acrescentou Esmeralda Mendonça.
Esmeralda Mendonça apontou a necessidade de adequar o Departamento da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Economia Azul e Meio Ambiente Sustentável, que tem como comissária a angolana Josefa Sacko, para desempenhar um papel de liderança no referido processo, mobilizando vontades e recursos para consecução dos objectivos do tema do ano 2022.
A 39ª sessão do Conselho Executivo da UA tem o encerramento previsto para sexta-feira,15, dia em que se aguarda pela intervenção final de Angola, por intermédio de Esmeralda Mendonça.
A delegação angolana é ainda integrada pelo Embaixador na Etiópia e Representante junto da União Africana, Francisco José da Cruz, e funcionários diplomáticos.