Huambo – A assessora da direcção Nacional de Saúde Pública, Filomena Jamba, disse hoje, sexta-feira, que as campanhas de vacinação contra a Covid-19 carecem de maior divulgação, para se acabar com os mitos e rumores nas comunidades.
A responsável, que falava no seminário sobre “Comunicação de risco e engajamento comunitário”, dirigido aos jornalistas de órgãos públicos e privados de comunicação no Huambo, disse que existem ainda muitas pessoas que se recusam tomar a vacina, alegando questões culturais.
Segundo a Filomena Jamba, existem rumores sobre a eficácia das vacinas, dado o tempo em que foram produzidas, sob a legação de que as mesmas podem provocar sérias complicações de saúde, facto que deve ser desmentido por todos, principalmente pelos órgãos de comunicação social.
Lembrou que a promoção das vacinas contra a Covid-19 passa, essencialmente, pelo reforço da divulgação e sensibilização das comunidades sobre os benefícios das mesmas no bem-estar sanitário das comunidades.
Por isso, destacou o papel do jornalista na divulgação de informações credíveis e objectiva sobre o processo, facto que tem ajudado a população a mudar de comportamento e aderir aos postos de vacinação.
Sublinhou que a imunidade colectiva no país depende, fundamentalmente, da vacinação de pelo 85 por cento do público-alvo, daí a razão de os jornalistas continuarem a sensibilizar as comunidades sobre a importância da campanha, desmitificando todos os tabus em torno da eficácia das vacinas.
A respeito do seminário, promovido pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), disse que o mesmo visa reforçar e estabelecer plataformas activas e funcionais de comunicação, capazes de responder as potenciais crises e rumores de maneira célere e oportuna, com foco no êxito da campanha de vacinação.
Os participantes aprofundaram os conhecimentos em matérias sobre os dez passos para a comunicação de risco.
Autoridades sanitárias da província do Huambo vacinam, até ao momento, um milhões 168 mil cidadãos, entre adultos e adolescentes, com a administração da primeira dose até a de reforço (3ª).