Covid-19: Profissionais destacam papel da imprensa

     Saúde           
  • Luanda     Terça, 10 Novembro De 2020    18h47  
Ilustração do Covid-19
Ilustração do Covid-19
Divulgação

Luanda – Profissionais da Agência Angola Press (ANGOP) destacaram, nesta terça-feira, o papel dos jornalistas na prevenção e combate à pandemia da Covid-19.

Falando a propósito da homenagem feita pelo Presidente da República, João Lourenço, a quadros de vários sectores que se destacam no combate à doença, entre os quais da comunicação social, o jornalista Yambeno Daniel disse que o papel da imprensa, nesta matéria, está a ser determinante.

"Dotados de mais conhecimentos essenciais, os jornalistas transformaram-se em activistas socais, contribuindo para o corte da cadeia de transmissão da doença, e na consciencialização da população para a mudança de atitudes", referiu.

Destacou o facto de o mundo estar a ser inundado de falsas informações, difundidas nas redes sociais, sublinhando que o jornalismo tradicional vem sendo o principal interlocutor da sociedade e assume um papel de destaque na “linha da frente”.

Por sua vez, o também jornalista Hélder Dias referiu que a actividade jornalística sempre jogou papel importante na construção de sociedades coesas, unidas, sendo essencial na constituição da democracia e cidadania, daí que este exercício deve estar virado única e somente para o interesse público.

Face à pandemia da Covid-19, adiantou que os jornalistas são peças fundamentais nas acções de prevenção e combate, pois, a par da difusão de informação relevante, têm, igualmente, a dura missão de orientar os cidadãos para os melhores comportamentos.

Segundo o profissional, conscientes da sua função social e do seu papel na construção do bem comum, os jornalistas, mais uma vez, assumem-se como "combatentes" da linda da frente, expondo as suas vidas para informarem com precisão.

"O jornalismo é uma correia de transmissão, cuja missão é trazer os problemas socioeconómicos das sociedades e buscar das autoridades soluções”, comentou.

Hélder Dias considerou essencial que o jornalista, no exercício da sua tarefa, esteja preparado mentalmente, não se deixando envolver pessoalmente nos acontecimentos, para relatar os factos com verdade, isenção e objectividade.

Adiantou que o respeito pela ética e a deontologia profissional devem ser as bases fundamentais no exercício da profissão, para que a informação veiculada promova a paz social, a democracia, o patriotismo e estabilidade política.

Já Stella Silveira considerou que, com a Covid-19 pelo meio e uma crise económica galopante, o jornalista deve ser atento, não ter cor, nem amarras que controlem e filtrem a sua informação”.

“Não sou jornalista por gosto, não mesmo, nasci para ser jornalista. Porque sou crítica por natureza, sou rebelde e insatisfeita e gosto de partilhar, desconstruindo, as minhas ideias sobre as coisas”.

Para Pedro da Ressureição, para um melhor desempenho da media é urgente eliminar factores que tornam “vulneráveis, propensos ou sensíveis” a práticas contrárias a deontologia profissional. “Isso passaria pela melhoria das condições sociais e salariais da classe, pela aplicação prática da legislação em vigor (mas que teima em ficar no papel) e pela adopção de outras ferramentas legais, dentre elas, uma lei que autorize o jornalista a ter acesso aos dados oficiais, o que seria mecanismo potente para um jornalismo mais factual, credível, investigativo, sério”, reforçou.   

Assevera que, enquanto se espera, é possível fazer muito mais do que até agora para melhorar a cobertura, em particular da Covid-19. “A implementação pura e simples daquilo que qualquer manual de jornalismo recomenda: estudar e documentar-se o melhor possível sobre cada evento e, sobretudo, produzir uma Pauta para orientar, o repórter sem, no entanto, ser uma “camisa de força”, disse.

Pedro da Ressureição adianta, no entanto, que a cobertura da Covid-19 em Angola está aquém do satisfatório, pelo facto de se priorizar o acessório, o secundário e até o trivial, em detrimento do essencial.

“Sem querer chover no molhado, cada redacção da media imprensa, audiovisual, e digital (as redes sociais não são para cá chamadas) precisa intensificar o sentido crítico nas suas abordagens, produzindo um jornalismo credível em que predomine o facto, em detrimento do “quem”. Recorrer ao contraditório onde se justifique, sob pena de irem a reboque da fonte e serem meras “bocas de aluguer”, reforça. 

Dados divulgados pela comissão Nacional indicam que o país tem um registo de 12.816 casos positivos, com 308 óbitos, 6.036  recuperados e 6.472 activos.

Entre os activos, 11 estão em estado crítico, 14 graves, 19moderados, 332com sintomas e 5.946 assintomáticos.

 

 

 

 





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