Mbanza Kongo – Utentes dos bancos comerciais na cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, mostram-se apreensivos com as enchentes e temem por eventuais contágios da Covid-19.
Para além das enchentes, os clientes não fazem uso de máscaras faciais e muito menos respeitam o distanciamento físico.
Segundo a funcionária público, Makiese Tusamba, que falava à Angop, a situação agudiza-se mais no final do mês, altura em que são pagos os salários da função pública e os subsídios dos pensionistas.
Acrescentou que o cenário é mais visível no Banco de Poupança e Crédito (BPC), onde estão domiciliados parte considerável de salários de trabalhadores e os subsídios dos reformados.
José António pediu aos funcionários dos bancos para mais celeridade no atendimento para se evitar a aglomeração de pessoas no exterior das instalações.
“Estamos expostos à Covid-19. Como podes ver não há distanciamento físico aqui na fila, tudo porque todo mundo quer ser atendido primeiro”, expressou.
Zacarias Filipe criticou o funcionamento débil dos terminais automáticos (multicaixas), que, em condições normais, estariam a desafogar as enchentes.
“Para além de serem poucos, os multicaixas em Mbanza Kongo nem sempre têm dinheiro. Muita gente está há muitos dias sem conseguir de levantar o seu dinheiro”, desabafou.
Em entrevista recente aos órgãos locais da comunicação social, o director do gabinete provincial da saúde, João Miguel Paulo, exortou a população para não ignorar as medidas de prevenção para se cortar a cadeia de transmissão desta mortífera doença.
“Já há muitas variantes da Covid-19 em circulação na capital do país, que podem atingir a nossa província”, alertou.
Dados disponíveis da província do Zaire indicam o registo de 1.120 casos, com 1.065 recuperados e mais de 30 activos partilhados nos municípios de Mbanza Kongo e do Soyo.