Saurimo – A falta de meios específicos, como as válvulas, condiciona a realização de operações de hidrocefalia no bloco operatório no Hospital Geral da Lunda Sul, informou hoje, quinta-feira, o director do Gabinete Provincial da Saúde local, Viegas de Almeida.
A cirurgia cerebral sempre implica algum risco, mas as válvulas têm sido usadas para tratar a hidrocefalia por mais de 50 anos.
Em declarações à Angop, a propósito da assistência médica a pacientes com hidrocefalia, o responsável avançou que por falta de tais meios, as crianças que padecem desta doença são transferidas à província de Luanda a fim de serem operadas.
Para se evitar a transferência de pacientes, atendendo a especificidade e complexidade da cirurgia, assegurou que as autoridades locais estão a trabalhar no sentido de adquirirem os meios de operação.
Em 2020, prosseguiu, cinco crianças com idade compreendidas entre um a quatro anos de idade, foram transferidas e operadas com sucesso em Luanda, acrescentando que actualmente a instituição está a trabalhar no sentido de transferir para capital do país, mais dois petizes que padecem da mesma patologia, com vista a receberem tratamento cirúrgico.
Em 2018, oito crianças que padeciam da mesma patologia, foram operadas com sucesso, na Lunda Sul, por uma equipa de profissionais que deslocou-se a cidade de Saurimo com os respectivos meios.
Na ocasião, aconselhou as famílias que têm pessoas que padecem desta doença, no sentido de acorrerem as unidades sanitárias, em detrimento do tratamento tradicional.
A infecção do sistema nervoso central é, a maior causa da hidrocefalia em Angola, seguido dos tumores intra-cranianos, traumatismos pré-natais e da hemorragia intra-cerebral, entre outros.