Menongue – As autoridades da província do Cuando Cubango criaram a base de tendas unidades hospitalares, equipadas com kits de emergência, para atenderem eventuais casos de cólera, informou o director do gabinete local da Saúde, João Chihinga.
Em declarações hoje, quarta-feira, à imprensa, no final da II reunião ordinária do Governo da província do Cuando Cubango, orientada pelo governador, José Martins, o responsável disse que os hospitais, montados nos nove municípios, visam contrapor um eventual surto de cólera que, neste momento, sola a República da Zâmbia, com localidades fronteiriças com o município do Rivungo.
O responsável assegurou que a questão logística está, igualmente, acautelada nas mais de 116 unidades sanitárias do Cuando Cubango, com soros e material de biossegurança, enquanto decorrem os trabalhos da construção do Centro de Tratamento Provincial, em Menongue, sede capital.
João Chihinga disse que a comissão criada para o efeito capacitou, numa primeira fase, mais de 300 técnicos, entre enfermeiros e terapêuticos, para o tratamento de eventuais casos da doença, actualmente, sem qualquer registo positivo no município zambiano do Shangombo, que diariamente reporta para as autoridades angolanas, sobre a evolução do surto da cólera naquela região.
O responsável informou que o Ministério da Saúde reforçou o Cuando Cubango com kits de soros, antibióticos e material de biossegurança, pelo facto de a cólera se manifestar por diarreias e votos.
“O governo já está a executar o plano de emergência, através da criação da Comissão Multissectorial Provincial para o plano de contingência, que se desdobra em equipas técnicas nos nove municípios, com prioridade para o corredor de risco, que são o Rivungo, fronteiriço com a municipalidade do Shangombo (Zâmbia), Mavinga, Cuito Cuanavale e Menongue”, explicou.
Conforme o responsável, os técnicos estão a primar pela vigilância epidemiológica, com a promoção da saúde preventiva nas comunidades, desde o consumo adequado de água, melhoramento do saneamento básico e, sobretudo, na redução do fluxo migratório fluvial de ambos os cidadãos, por intermédio das Forças de Defesa e Segurança.
Explicou que a disseminação de informação está abranger mercados informais, igrejas, unidades sanitárias, nas comunidades, através das autoridades tradicionais, em relação ao perigo no contágio da doença para que a população tenha maior cuidado.
João Chihinga disse que a criação de condições para os municípios de riscos não é um processo acabado, pelo que tudo está a ser assegurado no sentido de evitar o surgimento, do lado do Cuando Cubango, casos de surto de cólera, em função da atenção que o Governo está aprestar neste quesito com os países assolados. ALK/FF/ALH