Ndalatando – A província do Cuanza carece de acções integradas de combate e controlo da malária, informou, esta segunda-feira, o director provincial do Programa de Luta e Controlo da Malária, Gonçalves Tandala.
De acordo com Gonçalves Tandala, para o combate à malária devem ser realizadas acções integradas contra os vectores, a partir dos locais de procriação.
“Temos que combater a larva, antes de se tornar mosquito adulto e, quando se tornar, realizar outras acções”, esclareceu o responsável provincial, em entrevista à ANGOP.
Recordou que em 2014/2015, na província realizavam-se acções combinadas nos municípios, nomeadamente impregnação com bactiv, em locais de reprodução de mosquitos, pulverização intra e extra domiciliar e a distribuição de mosquiteiros impregnados com insectida de longa duração.
Estas acções, continuou, contribuíam para o controlo da doença e redução do número de caso casos de malária.
Neste momento, de acordo com Gonçalves Tandala, está-se a realizar algumas acções de pulverização nos municípios de Cazengo e da Banga.
“Segundo estudos, um mosquito tem a probabilidade de fazer 30 picadas efectivas numa noite. Imagina num local aonde estão três a quatro pessoas quantos podem ser infactados”, frisou, justificando que uma acção combinada é o idela, porque esterilizaria o território todo do Cuanza Norte.
De Janeiro a Maio deste ano, a província registou 141.194 casos de malária e 117 óbitos. No primeiro semestre de 2020 registou 155 mil 588 casos e 197 óbitos.
Apesar do aumento de casos, existe uma redução no número de óbitos, em função do trabalho realizado para a melhoria do diagnóstico e tratamento, com apoio de parceiros.
Cuanza Norte é uma das 18 províncias de Angola localizado na região centro-norte do país. A sua capital está na cidade de Ndalatando, no município de Cazengo. Tem uma extensão de 24 110 quilometros quadrados e uma popoulação estimada em 500 mil habitantes.