Ndalatando - As autoridades sanitárias da província do Cuanza Norte suspenderam, desde segunda-feira, as consultas externas no Hospital Municipal de Cazengo (sede da província), como medida preventiva para se evitar o contágio do coronavírus, após a morte por Covid-19 do director-geral da instituição.
O médico ginecologista João Mateus Donga morreu na manhã de segunda-feira, 19, numa unidade sanitária de Luanda, vítima da pandemia.
Em declarações à Angop, a directora de enfermagem da unidade sanitária, Amélia Alfredo, precisou que para evitar a propagação da doença fez-se a desinfestação de toda a unidade sanitária, assim como a testagem de todos os técnicos de saúde e pessoal de apoio, no sentido de se aferir o grau de ameaça.
Entretanto Amélia Alfredo lamenta a morte do colega, que considerou um líder e profissional de elevado carisma.
A administração municipal de Cazengo, através de uma mensagem de condolências, refere que “o médico foi um amigo e companheiro de jornada de trabalho e de trato fácil".
De acordo com a nota, João Donga será sempre relembrado pelo seu profissionalismo, honestidade, lealdade, inteligência e entrega abnegada ao trabalho.
O hospital municipal do Cazengo é uma unidade de referência de médio porte, com capacidade instalada de oitenta (80) camas.
Foi construída de raiz e aberta ao público em 2010, no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento, abarca os serviços de consultas externas, análises clínicas, imagiologia (Raio X), banco de urgência, pediatria, maternidade, testagem e aconselhamento do VIH-Sida.
Conta com uma morgue com capacidade para conservar 12 cadáveres, bloco operativo, entre outros serviços.
Dados que Angop teve acesso referem que desde o início da pandemia, em Março de 2020, a circunscrição registou 414 casos de coronavírus, dos quais, 410 pacientes recuperam e quatro faleceram.
