Cuito - As administrações municipais do Cuito e da Nhârea, província do Bié, começaram já a reforçar as medidas de prevenção da cólera, sensibilizando as famílias locais, de modo a manter vigilante as populações sobre os casos que ocorrem nos países como a Zâmbia e República Democrática do Congo.
Conforme apurou a ANGOP, as autoridades destes dois municípios mobilizaram de diversas igrejas locais, com vista a manter em alerta os cidadãos sobre os perigos e a forma de evitar o contágio da cólera.
As autoridades administrativas aconselham ainda o reforço na melhoria do saneamento básico, quer dentro das residências quer nos arredores dos bairros, para evitar águas paradas, desinfestação da água, assim como a lavarem dos alimentos.
No Cuito, por exemplo, as entidades sensibilizaram os crentes das igrejas Cheia da Palavra de Deus, Fé Apostólica “Missão Epongoloko”, Fé Apostólica Americana Missão Setecol, Evangélica Congregacional em Angola, Pentecostal Assembleia de Deus e Evangélica dos Irmãos em Angola, enquanto, em Nhârea, mobilizou-se a IECA.
Na ocasião, o administrador da Nhârea, Neves Bambi, anunciou que, esta semana, membros da Administração Local do Estado desdobram-se nos bairros da urbe, através de equipas criadas, com vista a permitir que a prevenção contra a cólera abranja maior número de famílias.
Já na capital biena, o administrador municipal adjunto do Cuito para o sector Político, Social e das Comunidades, Paulino Jamba Essacalalo, avançou que, embora o país não possui nenhum registo desta doença, as entidades estão a promover campanhas para também assegurar o bem-estar das famílias.
De acordo com as autoridades angolanas, Angola está no nível dois de alerta máxima de vigilância da cólera, devido ao surgimento de casos nas zonas fronteiriças.
O nível dois significa que Angola ainda não regista casos de cólera, mas que deve estar em alerta e criar estratégias de preparação e prevenção em caso de surgimento da doença.
A RDC, com um surto desde 2023, tem um acumulado de 42 mil casos. A província da Lunda-Norte partilha mais de 700 quilómetros de fronteira terrestre e fluvial com a RDC.JEC/PLB