Ondjiva – Os doentes que ocorreram para o Hospital Geral de Ondjiva, província do Cunene, manifestaram-se hoje, terça-feira, apreensivos pela falta de atendimento nos serviços de consultas externas, devido à greve dos enfermeiros.
Este é o segundo dia da greve decretada pelos enfermeiros que reivindicam o aumento salarial, pagamentos de subsídios da covid-19 e melhorias das outras condições que constam do caderno reivindicativo.
Ao contrário das consultas externas, os serviços de urgências estão a funcionar de forma parcial, no quadro da prestação dos serviços mínimos tais como no banco de urgência, sala de parto, bloco operatório e cuidados intensivos.
Em declarações à Angop, Maria Penofina, disse que vive distante de Onameva e veio para ser assistida nas consultas externas, mas sem sucesso porque os serviços não estão a funcionar.
Outra paciente, Teresa Miguel, lamentou o facto dos profissionais da saúde estarem sentados mas sem atenderem, visto que a maioria dos doentes saíram em zonas distantes da unidade sanitária.
Bonifácio Neto, desesperado, pediu que se resolva o mais rápido possível, o problema que causou a greve dos profissionais da saúde, colocando a saúde e vida das pessoas em primeiro lugar.
Director do Hospital confirma greve
Em declarações à ANGOP, o director do Hospital Geral de Ondjiva, Eleutério Hivilikua, disse que os serviços estão a funcionar a 50 por cento, o banco de urgência, sala de parto, bloco operatório e cuidados intensivos.
Lembrou que ss consultas externas estão parados, em função desta manifestação da classe de enfermagem, devido ao alegado incumprimento das promessas relativas ao seu caderno reivindicativo.
Já a secretária provincial do Sindicato dos Enfermeiros do Cunene, Inocência Ndaponikua, sublinhou que estão apenas a atender os serviços mínimos desde o banco de urgências e os doentes internados.
“Estamos a reivindicar os pontos do caderno reivindicativo, que queremos ver resolvidos para retomarmos o nosso trabalho 100 por cento” afirmou.
Inocência Ndaponikua sublinhou que até que a situação não for atendida pelo Ministério da Saúde, a greve continuará, sobretudo no Hospital Geral de Ondjiva.
Já por seu turno, o presidente da Ordem dos Enfermeiros de Angola na província do Cunene, Eduardo Haiumba, fez saber que controlam mil e 170 enfermeiros, dos quais 600 estão inscritos no Sindicato dos Enfermeiros.
A rede sanitária actual é constituída por um hospital geral, um missionário, seis municipais, 41 centros e 108 postos de saúde, que garantem o atendimento e os cuidados primários, secundários e terciários às populações.