Icolo e Bengo - O especialista em ginecologia e obstetrícia Carlos Alberto Rafael alertou hoje, na vila de Catete, município de Icolo e Bengo, para a necessidade de as mulheres em idade fértil e vida sexual activa fazerem o exame de Papanicolau, uma vez por ano, para se prevenirem do cancro do colo do útero.
Segundo o médico da maternidade Lucrécia Paím, o exame pode ser feito nas maternidades, nas clínicas privadas e, em particular, no Hospital Municipal de Icolo e Bengo.
O especialista deixou o conselho durante uma palestra, promovida pela Direcção Municipal da Saúde do Icolo e Bengo, em que dissertou sobre "A Prevenção do Cancro do Colo Uterino".
Na ocasião, disse que se a mulher fizer o exame de forma regular será sempre mais fácil identificar precocemente o estado da doença (cancro do útero) e poder tratar.
Afirmou que a eficácia da sua cura está no tempo do seu diagnóstico, ou seja, quanto mais cedo (for detectado) melhor.
"O grande risco que acontece na maioria das vezes é que a mulher chega ao hospital em estado avançado do cancro sem qualquer possibilidade de cura", referiu o responsável.
Carlos Rafael fez saber que o cancro do útero é uma doença silenciosa e que, no início da patologia, não apresenta sintomas.
No entanto, revelou que existem alguns sinais a que a mulher deve prestar atenção, como o sangramento, mesmo não estando em período menstrual, dores e corrimento vaginal anormal durante o acto sexual.
Outros sintomas apresentados são o emagrecimento e a perda de peso.
A palestra enquadrou-se nas celebrações do 2 de Março, Dia da Mulher Angolana e em saudação à campanha que decorre sob o lema "Março Lilás", que visa sensibilizar as mulheres, durante todo o mês corrente, à gravidade dessa doença e à importância da sua prevenção.
Em 2023, o serviço de Saúde no Município de Icolo e Bengo diagnosticou 15 casos de cancro do colo uterino em estado inicial submetidos aos devidos tratamentos.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os anos surgem mais de 530 mil casos de cancro do útero, que vitimam cerca de 270 mil mulheres, sobretudo, em países em desenvolvimento.
O cancro do colo do útero ataca com mais frequência as mulheres dos 14 aos 50 anos. CLAU/AJQ