Ondjiva - A psicóloga Ana Maria Epalanga defendeu a necessidade de um maior envolvimento das famílias nos casos de adolescentes e jovens que apresentam, na província do Cunene, transtornos psicológicos derivados do consumo de álcool e drogas.
A psicóloga clínica disse que o hospital de Ondjiva atendeu em consultas externas, durante o ano 2023, um total de 629 casos provocados pelo consumo excessivo de álcool e drogas, situação que considerou de preocupante.
Em declarações à imprensa, na quarta-feira, a especialista realçou que estes casos chegaram ao conhecimento da autoridade hospitalar e foram encaminhados para acompanhamento psicológico.
Por isso, Ana Epalanga chamou atenção das famílias e da sociedade civil para travarem esta tendência, mediante diálogo contínuo.
A responsável fundamentou que as famílias são a rede principal de apoio para qualquer doente com problemas mentais.
“Os profissionais de saúde fazem a sua parte dentro de um limite, mas a principal responsabilidade deve ser da família, pois o amor cura e salva. É neste cuidado que a recuperação do paciente é mais célere”, afirmou.
Entretanto, sublinhou que os efeitos da droga podem criar sequelas a longo e curto prazo, uma vez que quando o indivíduo chega na fase de dependência, há necessidade de internamento devido aos problemas neurológicos.
O transtorno mental é uma disfunção da actividade cerebral que pode gerar prejuízos emocionais e físicos de forma bastante significativa. FI/LHE/OHA