Luena – A implementação do Plano Operacional de Combate a Malária na província do Moxico, doença que este ano provocou 263 óbitos, está comprometido devido a carência de meios logísticos, soube esta terça-feira a ANGOP.
Durante os três trimestres do corrente ano, a província diagnosticou mais 190 mil casos de malária, registando-se um aumento de 10 óbitos em comparação com igual período de 2020.
No decurso deste ano, o Governo local apresentou um Plano Operacional de Combate ao surto da malária nas comunidades, para se diminuir a morbi-mortalidade por malária, que, segundo dados oficiais, mata mais mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos.
O referido Plano, visava, entre outros, a capacitação e formação de recursos humanos em actividades de luta antivectorial integrada, definição de logística necessária a nível dos municípios, campanha de sensibilização nas comunidades.
Entretanto, em declarações à ANGOP, a propósito da implementação do Plano Operacional de Combate ao surto, o director municipal da Saúde do Alto Zambeze, Jacinto Sandeze, disse que o seu cumprimento tem sido de forma parcial, devido à exiguidade dos meios.
Entre as dificuldades, apontou a inoperante das viaturas, bem como a carência de combustíveis na região que tem comprometido a campanha de fumigação nas comunidades.
A mesma preocupação foi apresentada pela directora municipal de Saúde do Léua, Glória Zangata, facto que obrigou a redução da frequência da campanha de fumigação passando de cinco para duas vezes semanal.
Já no município de Camanongue, para além da dificuldade registada na aquisição do combustível, a região não beneficia do programa de fornecimento de mosquiteiros de 2018, segundo fez saber o director municipal, Zango Mupila.
Enquanto isso, o município do Luau, segundo o director local do sector, Simão Francisco Suku, comparativamente a 2020, os casos de malária reduziram numa ordem de quatro por cento (4%) nos três trimestres do corrente ano, apesar de registar uma subida da taxa de mortalidade, passando de 14 para 18 óbitos.
Segundo o responsável, a grande dificuldade prende-se, igualmente, com a escassez do combustível na região, bem como a carência de produtos para o aumento das sessões de fumigações, tendo solicitado mais apoio de meios, para abrangência no combate da endemia.