Lubango – Quatro funcionários do hospital central do Lubango “Dr. António Agostinho Neto” foram apanhados, por seguranças, com quantidades consideráveis de medicamentos e material gastável, alegadamente furtados de seu local de trabalho, tendo sido detidos, de seguida, pela Polícia Nacional.
Os casos deram-se todos esta semana, o último na quarta-feira e envolve uma enfermeira de 35 anos de idade. A fonte dos roubos tem sido o banco de urgência, sobretudo, à noite.
Há um outro caso a ser investigado pelo Serviço de Investigação Criminal, de um técnico do Hospital Municipal do Lubango “Olga Chaves”, que furtou uma impressora do ecógrafo e a vendeu à uma clínica privada.
Em declarações hoje, sexta-feira, à ANGOP, o director do Gabinete Provincial da Saúde, Paulo Luvangamo, fez saber que são ocorrências frequentes na unidade, situação que forçou a direcção a implementar restrições no acesso com mochilas ou bolsas e, muitas vezes, a optar por revistas.
“Infelizmente os utentes nunca compreendem por que razão as bolsas devem ser revistadas, pois muitos que se passam por utentes não comparsas de enfermeiros e trabalhadores do hospital para repassar os meios roubados”, disse
Assinalou que por conta desses roubos, os farmacêuticos são obrigados a sair de casa de madrugada, para atender à falta de material nas urgências, além das despesas acrescidas que acometem o hospital.
A segurança, segundo uma fonte do hospital Central do Lubango, procura cumprir com o seu papel, em função das debilidades que encontramos, mas, entretanto, “os suspeitos não são devidamente responsabilizados e, muitas vezes, acabam parcialmente protegidos”, quando se tomam medidas se impõem.
“Essa é uma questão além de segurança pública e, também, de saúde pública, pelo que transcende o hospital, embora estejamos a nos empenhar mais nisso, somos alvo de críticas a todo momento, pelo que é necessário a intervenção das autoridades”, disse a fonte da administração do hospital.
Jovem detido após vandalizar elevador de hospital
Um jovem de 25 anos de idade foi detido, também esta semana, após ter sido flagrado com cabos de um dos elevadores do Hospital Central do Lubango.
O homem fez-se passar por paciente e em menos de 10 minutos furtou perto de 30 metros de cabos eléctricos que sustentam o meio de transporte para os andares superiores e vice-versa.
A unidade, maior de referência da Região do Sul do país, com 520 camas, é constituída por duas torres, uma de cinco e outros de sete pisos, onde estão instalados quatro elevadores, um deles, agora inoperante pela façanha do suspeito. MS