Ondjiva- A governadora da província do Cunene, Gerdina Didalelwa, alertou na sexta-feira, às populações locais no sentido de reforçarem as estratégias de vigilância e prevenção contra a cólera.
Apesar de o país não registar casos da doença, disse haver necessidade de manter a vigilância como forma de prevenção e impedir que o surto da cólera, que assola a República Democrática do Congo (RDC) e Zâmbia, chegue a Angola, pela fronteira.
A governante, que falava à margem da reunião do Conselho de Vigilância Comunitária, sublinhou que a cólera é uma doença grave e contagiosa, que pode levar a óbito em pouco tempo, caso não seja tratada.
Por este facto, aconselhou os habitantes a continuar a cumprir com as recomendações das autoridades sanitárias como lavar constantemente as mãos, alimentos, e ferver a água, antes de beber e manter a casa limpa.
Informou que o desafio é a sensibilização da população sobre os riscos da doença e como devem se comportar em termos de higiene pessoal, lavagem das mãos e o modo de preparo dos alimentos.
Desde Janeiro de 2023, cinco países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), nomeadamente Botswana, África do Sul, Moçambique, Zâmbia e República Democrática do Congo notificaram casos da doença.
A cólera é uma doença bacteriana infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral directa ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados, que pode levar à morte.
Entre os principais sintomas de cólera, destaca-se a diarreia volumosa, fezes líquidas e acinzentadas, náuseas e vômitos, febre leve, dores e cólicas abdominais.
Consta ainda a desidratação, letargia, pele seca e sede excessiva, baixa da pressão arterial e cãibras musculares.
O tratamento consiste na reposição dos líquidos e minerais que são perdidos na diarreia.FI/LHE/AC