Ondjiva – O Hospital Municipal do Cuanhama, município sede da província do Cunene, está sem espaço para atender a demanda de doentes com necessidade de internamento, acomodando alguns nos corredores ou em locais apertados.
A unidade sanitária, com uma capacidade de 70 camas, alberga os serviços do Hospital Geral de Ondjiva afectado, há mais de um ano, por um incêndio que o destruiu parcialmente, por isso, tem se revelado impotente perante a demanda de doentes.
Em declarações hoje à Angop, o director do Hospital do Cuanhama, Elauterio Hivilikua, manifestou-se preocupado com a situação, tendo explicado que a unidade atende uma média diária de 180 doentes.
Frisou que há também limitações de espaço para instalação de outros serviços, criando grandes dificuldades na prestação da assistência aos doentes.
O director informou que nesta altura o hospital encontra-se sem espaço para atender doentes a nível da província, sendo que foram improvisadas 110 camas nos corredores, situação que cria desconforto aos pacientes.
Falta de Oxigénio
Elauterio Hivilikua disse que o há também dificuldades na obtenção do oxigênio, que tem sido conseguido apenas na vizinha província da Huíla, a custos elevados.
Disse que o problema é mais preocupante nesta fase da pandemia Covid-19, pois o oxigénio é um produto essencial para socorrer as vítimas e a província não tem uma fábrica que poderia minimizar a situação.
As doenças mais frequentes no hospital são as respiratórias agudas, diarreicas, hipertensão arterial, malnutrição e a malária, com uma média de óbitos de sete por dia.
O Hospital Municipal do Cuanhama conta com 54 médicos, dos quais 27 são nacionais e o restante de nacionalidade estrangeira.