Ganda - O bloco operatório do Hospital Municipal da Ganda entrou em funcionamento esta sexta-feira, com a primeira intervenção cirúrgica a um paciente, soube a ANGOP.
Segundo o director provincial da Saúde, António Cabinda, o município ganha mais autonomia porque, anteriormente, os pacientes em estado grave eram transferidos para os hospitais de Benguela e do Cubal.
Além deste investimento, já estão igualmente disponíveis os serviços de imagiologia, com aparelhos de raio x e ecografia, e foi melhorado o laboratório, com serviços hematológicos e exames de bioquímica como moreia, criatimina e colesterol.
"O hospital conta já com o serviço de estomatologia, não só na pastelação, mas também na restauração dentária", assegurou.
Disse, por outro lado, que está em fase de conclusão uma unidade de cuidados intensivos, com capacidade para doze camas e seis unidades mecânicas, com tudo o que é necessário para atender um doente crítico.
António Cabinda referiu que com a entrada dos novos serviços de saúde, o município vai reduzir significativamente a sua dependência na transferência de doentes para outras cidades.
Questionado sobre a falta de técnicos capacitados para manusear equipamentos sofisticados, o director afirmou que a província de Benguela não tem estes casos.
"Temos diversas escolas de saúde que têm estado a dar uma grande valência aos médicos, enfermeiros e técnicos de diagnóstico, terapêuticos e electro-medicina", justificou.
O médico regozijou-se pelo facto de Benguela apoiar outras províncias vizinhas, quando encontram essas dificuldades.
O Hospital Municipal da Ganda tem capacidade para 94 camas. Entre as suas especialidades constam a medicina geral, pediatria, cirurgia, estomatologia e banco externo.
Conta com um corpo clínico estimado em 150 funcionários, entre médicos, enfermeiros, técnicos e pessoal de apoio.