Cuito - Jornalistas de diversos órgãos de comunicação social públicos e privados da província do Bié estão a ser formados hoje, na cidade do Cuito, sobre a vacinação de rotina, uma acção promovida pelo Ministério da Saúde.
Com duração de um dia, o evento, financiado pelo UNICEF, tem como módulos virados à situação epidemiológica de vacinação nacional e profissional, comunicação de risco e engajamento comunitário, práticas jornalísticas voltadas à vacinação de rotina, assim como contém sessão prática em uma unidade sanitária.
No acto de abertura, o chefe do Departamento de Saúde Pública, Controlo e Endemias da província do Bié, Isaías Cambissa, sublinhou que esta acção formativa visa responder um dos desafios do Executivo angolano, concernente à imunização do maior número de crianças menores de um ano.
Adiantou que a formação acontece numa altura em que o Governo e os seus parceiros pretendem ver mais expandida a informação massiva às populações e não só, com vista a aderirem com regularidade às consultas de rotina nas 186 unidades sanitárias existentes na província.
Por este motivo, adiantou, as autoridades angolanas pretendem atingir pelo menos 89 por cento de crianças menores de um ano, por intermédio do Programa de Vacinação de Rotina, tendo ressaltado o papel que os órgãos públicos e privados de comunicação social jogam para se atingir este êxito.
Neste sentido, Isaías Cambissa apelou aos profissionais desta classe a aprenderem os conhecimentos a serem ministrados durante a acção formativa, visando facilitar a sua materialização, cumprindo assim os objectivos do Governo neste domínio.
O Programa Alargado de Vacinação (PAV) teve início em Angola em 1979 com finalidade de vacinar as crianças menores de um ano contra a poliomielite, difteria, tétano, tosse convulsa, sarampo e a tuberculose.
Para a sua implementação foram estabelecidos acordos entre o Governo de Angola e a Organização Mundial da Saúde (OMS) em 20 de Junho de 1979 e entre o Governo com o UNICEF em Fevereiro de 1977.
Assim, o Ministério da Saúde tem o compromisso de oferecer os serviços baseados nos cuidados primários de saúde à população alvo, de forma a dar resposta aos objectivos do milénio.
A política nacional de imunização de Angola visa prevenir a morbilidade e mortalidade por doenças imuno-preveníveis, com vacinas de alta qualidade, provadamente eficazes, conservadas adequadamente e administradas de forma segura ao grupo alvo.
As doenças preveníveis por vacinação ainda são a causa principal da mortalidade em crianças menores de cinco anos de idade em Angola, daí que as autoridades têm vindo a requer um sistema de vacinação de rotina forte, adequadamente integrado nos cuidados primários de saúde, especialmente a nível municipal.