Luanda – Cerca de 100 líderes de várias plataformas juvenis a nível da província de Luanda foram, esta terça-feira, capacitados sobre o Plano Nacional de Contingência contra a Cólera.
O acto, promovido pelo Instituto Angolano da Juventude (IAJ) e a Direcção Nacional de Saúde Pública, serviu para conferir competência aos formandos para melhor sensibilização e actuação nas comunidades.
Durante a abertura do seminário de capacitação, o secretário de Estado para a Juventude, Francisco Boaventura Chitapa, referiu que a acção surge devido às últimas informações sobre o surto de cólera a nível dos países vizinhos, como a Zâmbia e a República Democrática do Congo, colocando Angola em alerta máximo.
Perante ao cenário e no sentido de reforçar a vigilância, o secretário de Estado avançou que se pretende prevenir a ocorrência de casos de cólera, por isso, o envolvimento dos jovens torna-se imprescindível para que o conhecimento transmitido possa chegar às comunidades.
Por sua vez, a coordenadora do programa de saúde comunitária da Direcção Nacional de Saúde Pública, Maria Tati, referiu que está a ser levado a cabo um trabalho para a prevenção da cólera, com a formação de jovens para a educação das comunidades sobre as medidas para se evitar a doença.
No ponto de vista logístico, a responsável afirmou que o Ministério da Saúde está preparado a nível das unidades sanitárias e nas zonas fronteiriças, no sentido de se fazer o despiste da doença.
Para o jovem da cooperativa ambiental CoLimpa, Joaquim João, o acto formativo é essencial, visto que vai fornecer elementos fundamentais para a actuação junto das comunidades, através de campanhas de sensibilização.
Nas últimas semanas, o Ministério da Saúde, com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), desenvolveu um plano nacional de contingência contra a cólera que descreve as principais medidas a serem implementadas para prevenir e responder a um surto.
As medidas prioritárias incluem garantir que as unidades de saúde tenham uma definição de caso e que os protocolos de tratamento da cólera estejam disponíveis em todas as unidades de saúde.
As equipas de resposta rápida nos distritos fronteiriços estão a receber formação, enquanto os profissionais de saúde recebem apoio no tratamento da cólera.
As autoridades de saúde estão a reforçar a vigilância das doenças e outras actividades de resposta em zonas de alto risco ao longo da fronteira com a Zâmbia e a República Democrática do Congo. ANM/ART