Lobito - Uma escola pública de nível médio de obstetrícia poderá funcionar no próximo ano lectivo na cidade do Lobito, província de Benguela, soube ANGOP, está sexta-feira.
Essa informação foi avançada pelo director do Gabinete Provincial de Saúde, António Cabinda, durante o encerramento de um curso de especialização pós-médio de enfermeiras-parteiras, acrescentando que a acção faz parte de um investimento de grande envergadura que vai abranger todos os municípios da província.
"O grande objetivo é ter cada vez mais profissionais qualificados e à altura de responder os desafios que o sector enfrenta", enfatizou.
António Cabinda referiu-se a algumas acções já implementadas no Lobito, como a abertura de mais uma sala de partos no centro médico do Bango Bango, na zona alta, ainda hoje, e na Boa Vista.
Em relação aos municípios do interior, disse que há poucos dias foi apetrechada a Maternidade do Hospital Municipal do Balombo. O bloco operatório vai funcionar numa primeira fase para as cirurgias de obstetrícia, segundo o diretor.
Processo semelhante foi feito no Hospital Municipal do Bocoio, onde a maior dificuldade era a neonatalogia para assistência aos recém-nascidos.
Por outro lado, Sessenta e sete finalistas, formados pelo Instituto Médio Técnico de Saúde de Benguela, receberam hoje os seus diplomas de mérito.
A eles, António Cabinda lembrou que o grande investimento no sector deve ser acompanhado de uma grande aposta no capital humano.
"Queremos que os nossos técnicos acompanhem a nossa velocidade para melhor atendimento das nossas parturientes", disse.
Francisca Paula, uma das finalistas, disse à ANGOP que exerce a actividade há 32 anos na Maternidade do Lobito e os conhecimentos científicos adquiridos vão ajudar a desempenhar melhor as suas funções.
Deixou um recado para as jovens aspirantes ao curso, alegando que a enfermagem é uma profissão que deve ser exercida com amor ao próximo e não com pensamentos em salário ou promoções.
Já Maurício Lucas, único homem do grupo, exercendo a profissão a onze anos, manifestou a sua satisfação, contando que foi motivado por constantes problemas ginecológicos na família que resultavam em mortes.
"Desde criança, tive sempre o desejo de trabalhar neste ramo para ajudar a resolver esses problemas", sublinhou.
O grupo de Benguela vai no quarto curso, enquanto que para o Lobito é a primeira formação nesta especialidade.