Luanda – A província de Luanda com 184 novos casos de lepra, em 2021, acolheu nesta sexta-feira, o acto central do Dia Mundial de Combate à Lepra ou Hanseníase sob o lema “Com o esforço colectivo, vamos reduzir o fardo da lepra em Angola”.
As autoridades sanitárias angolanas controlam mil e 887 casos de lepra e em tratamento desde 2005, altura em que Angola alcançou a meta da eliminação da doença, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS considera que a meta de eliminação é de um doente por dez mil habitantes, tendo Angola atingido este objectivo em 13 das 18 províncias.
O último domingo de Janeiro é comemorado em todos os países que até ao momento continuam a notificar acima de 1000 casos por ano.
O dia Mundial de Combate à lepra representa uma oportunidade para reflectir sobre a doença e desenvolver-se uma ampla campanha de sensibilização e educação com foco na prevenção, procura da unidade sanitária logo após o início dos primeiros sinais e sintomas da doença, diagnóstico e tratamento precoces.
Causada por uma bactéria que ataca a pele e o sistema nervoso, a lepra é uma doença transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para outra saudável. Tem cura e o seu diagnóstico deve ser feito de forma atempada.
Os primeiros sintomas da doença demoram em geral entre dois a cinco anos para aparecerem. O portador do “bacilo de Hansen”, que causa a lepra, apresenta sinais e sintomas na pele e no sistema nervoso que facilitam o diagnóstico médico.
É importante que os portadores procurem uma unidade de saúde, aos primeiros sinais de suspeita como manchas pálidas (claras) na pele, perda ou diminuição da sensibilidade, formigueiro nas mãos e pés, fraqueza das mãos, pés e pálpebras, feridas ou queimaduras sem dor, nas mãos e pés.
A lepra pode atingir crianças, adultos e pessoas idosas de todas as classes sociais, sem distinção, desde que tenham um contacto intenso e prolongado com o ”bacilo de Hansen”.
A contaminação é feita por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva de pessoa infectada. A doença pode causar incapacidade ou deformidades, quando não for tratada atempadamente.
Os medicamentos para o tratamento da lepra são gratuitos e distribuídos nas unidades de saúde onde o programa é implantado, de acordo com as orientações do Ministério da Saúde.