Matala – Duzentos e 56 pessoas portadoras de albinismo foram atendidas durante as consultas grátis de dermatologia, oftalmologia e clínica geral, no 1º Fórum municipal sobre a Importância da Inclusão Social de Pessoas com Albinismo em Angola, na Matala, província da Huíla.
Trata-se de 112 de na área de dermatologia, 90 de oftalmologia, 32 de médica geral, 21 de pediatria e um caso de malnutrição, este último encaminhado para o centro de tratamento e acompanhamento do município.
Durante o fórum promovido pela administração local, em parceria com o Comité dos Direitos Humanos da Huíla, beneficiaram do registo civil 35 crianças com albinismo, uma actividade que teve duas sessões, sendo as consultas médicas e medicamentosas gratuitas e palestras.
Em declarações à ANGOP hoje, segunda-feira, a directora municipal da Acção Social, Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Eunice dos Santos, afirmou que pelo número de pessoas que ocorreram às consultas houve a necessidade de alargar até sábado, num fórum que estava previsto para quinta e sexta-feira última.
Declarou que para além da Matala, apareceram pacientes dos municípios de Chicomba e Jamba, que para além de medicamentos receberam protectores solares, numa a actividade que serviu como ponto de partida para o acompanhamento regular desse grupo.
“Com o fórum pretendemos expandir para as comunas, isto porque entendemos que apesar das comunas que se fizeram presente, pelo número, há necessidade que as palestras sejam replicadas a nível das localidade e na língua local par que possam ter mais pessoas abrangidas”, continuou.
Quanto aos pacientes, detalhou que vão ser acompanhados pelas administrações, postos ou centros de saúde locais para os casos mais leves de dermatologia e oftalmologia, sendo que os mais delicados vão ser encaminhados ao hospital central do Lubango.
"Para dar resposta às necessidades de óculos e protectores solares, duas das necessidades pontuais do grupo, a administração municipal vai continuar, de forma faseada, a atender os casos mais delicados, pelo que conta com ajuda dos parceiros", acrescentou.
Eunice dos Santos apelou às famílias a não descriminarem os seus membros com a doença, pois muita das vezes inicia com os familiares e o albino vai crescendo retraído e depois acaba por se auto-descriminar, numa sociedade que também contribuiu no preconceito.
O fórum serviu para chamar a responsabilidade do Governo, parceiros e membros da sociedade civil, no sentido de ajudar a inclusão social do referido grupo, reduzindo o preconceito que estes ainda afrentam na sociedade. EM/MS
