Ndalatando - Trinta e seis médicos da província do Cuanza Norte estão a especializar-se em tratamento e cuidados intensivos na capital do país, Luanda, para colmatar o déficit nas Unidades de Tratamento Intensivos (UTI), informou, esta quarta-feira, directora do Gabinete Provincial da Saúde no Cuanza Norte, Filomena Wilson.
Além desses profissionais, três outros médicos estão igualmente a participar numa formação especializada em hemodiálise para o tratamento de doentes com deficiências renais.
Falando à margem de um acto de solidariedade da Associação de Mulheres Polícias no Hospital Materno Infantil, Filomena Wilson disse que a capacitação dos médicos visa colmatar as necessidades de especialistas nestas áreas nos hospitais da província.
Afirmou que a região constitui uma “placa giratória” para o acesso a várias zonas do país, onde os acidentes de viação ocorrem constantemente, colocando uma grande pressão nas unidades sanitárias.
A médica informou que a formação visa igualmente preparar os quadros que irão trabalhar no novo hospital provincial em construção, cuja entrada em funcionamento está prevista para este ano.
A responsável esclareceu que 86 outros médicos estão a terminar uma especialização em assistência familiar (médicos de família), igualmente em Luanda, para uma assistência mais direccionada aos agregados.
A responsável precisou que o sector da saúde na província tem necessidade de mais quatro mil técnicos, para cobertura sanitária dos 10 municípios.
O sector da Saúde conta actualmente com mil e 497 enfermeiros, 182 médicos, 400 técnicos de diagnóstico e terapêuticos, que funcionam em 14 hospitais provinciais e municipais, 62 postos de saúde e 26 centros.
Filomena Wilson apontou a malária, tripanossomíases (também conhecida como doença do sono) e as doenças tropicais negligenciadas, como as mais preocupantes na província. EFM/IMA/ART