Luanda - Uma marcha a favor da prevenção e controlo das diabetes, decorreu este domingo, em Luanda, com a finalidade de incentivar as pessoas a manter uma alimentação regrada e praticar exercícios físicos para prevenir-se da doença.
A marcha, que partiu da entrada da Ilha do Cabo e terminou no Porto de Luanda, é de iniciativa do colectivo de médicos endecronologistas, em parceira com Ministério da Saúde, hospitais públicos e privados.
O evento contou com a presença de profissionais de saúde, sociedade civil e pacientes com a doença.
Para o responsável Nacional das Doenças Crónicas não Trasmissíveis, da Direcção Nacional da Saúde Pública, António Armado, marcha representa um espaço de reflexão de uma doença grave que afecta milhares de pessoas, a nível mundial e em Angola.
As diabetes fazem com que o organismo não produza uma quantidade suficiente de insulina ou não responda normalmente à insulina, fazendo com que o nível de açúcar (glicose) no sangue fique excepcionalmente elevado.
António Armando frisou que as diabetes estão associadas a muitas complicações como a cegueira, insuficiência renal crónica e amputação dos membros inferiores.
Segundo o responsável, o Ministério da Saúde (MINSA) criou algumas estratégias e programas contra as diabetes que envolve vários actores do serviço de endocrinologia.
Entre as estratégias do MINSA, elaborou um manual de orientação de abordagem a nível nacional, visando explicar os profissionais de como abordar as diabetes a nível das unidades de saúde.
“A grande vantagem dessa orientação é no sentido de uniformizar os cuidados de saúde, com relação aos doentes diabéticos”, reforçou.
Segundo a OMS, em Angola cerca de 5,6 porcento das pessoas tem diabetes, mas, desconhecem a doença.
Marissil Capama, que participou da marcha, considerou de importante este tipo de eventos, pelo facto de essa doença ser desconhecida por parte de muitas pessoas.
Para si, é necessário que as pessoas ganhem consciência de que é necessário consultar os médicos, com regularidade, para se fazer os testes de rotina e evitar-se as complicações dessa doença.
Por outro lado, pede ao Estado a trabalhar mais para penalizar os agentes económicos que especulam os preços dos fármacos, fazendo com que os doentes acometidos com doenças crónicas não transmissíveis tenham dificuldades de adquiri-los.