Luanda – A ministra da Saúde, destacou, nesta sexta-feira, no Cuito, província do Bié, a aposta num programa emergencial de formação de médicos e especialistas no país.
Sílvia Lutucuta, que falava na abertura do ano lectivo dos internatos médicos, referiu, igualmente, que o internato de diferentes especialidades que se inicia nas áreas prioritárias para o país insere-se no cumprimento da prossecução das metas definidas no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022.
A formação destina-se aos médicos internos gerais pertencentes ao Serviço Nacional de Saúde, dando prioridade as especialidades como ginecologia, obstetrícia, medicina interna, pediatria, cirurgia geral, medicina geral e familiar, cuidados intensivos, anestesiologia e medicina forense.
No âmbito da formação de quadros, o país conta com 16 unidades de formação médica pós graduada, nas províncias de Luanda, Huambo, Benguela, Huíla e Cabinda.
A ministra lembrou que as primeiras acções de formação médica especializada em Angola surgiram na década de 80, no
Hospital Américo Boa Vida, inicialmente nas áreas de medicina interna, cirurgia e pediatria.
A ministra avançou que em 2020 frequentou o internato complementar 1.563 médicos, inscritos em 42 programas de especialidades.
Para a governante, este ritmo de formação não se ajusta nem responde às necessidades assistenciais da população nem permite reduzir as assimetrias, iniquidades e garantir saúde a todos e em qualquer lugar até 2030.
De acordo com os dados estatísticos, 1.060 médicos especialistas foram formados no país desde 1999 e cerca de 1.200 no exterior.