Luanda – O Ministério da Saúde (MINSA) procedeu, esta sexta-feira, ao lançamento de uma plataforma para formação digital de técnicos de saúde, denominada Kassai, com objectivo de melhorar a competência técnica dos profissionais na prevenção e tratamento da malária.
A plataforma, primeira do género, é uma iniciativa do MINSA com a USAID e outros parceiros e já está disponível em seis províncias do país.
Conforme o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, um dos grandes desafios é melhorar a gestão de casos, motivo pelo qual se apostou na plataforma nacional de ensino digital direccionada para profissionais de saúde, com acesso gratuito.
Referiu que, num contexto em que o uso das soluções tecnológicas face às restrições impostas pela pandemia da Covid-19, é uma mais-valia para todos, considerando que o MINSA está na linha na frente da inovação tecnológica.
“É uma plataforma de enorme potencial e que será alargada a outras áreas da saúde, nomeadamente no âmbito da saúde materno-infantil e saúde reprodutiva, com a parceria da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Angola (AGOA)”, reforçou o responsável.
Por seu turno, a directora Nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, disse que os modelos de formação foram desenvolvidos por especialistas multidisciplinares nas áreas de saúde pública, infectologia, pediatria e de ensino de adultos.
Adiantou que se trata de uma aposta no capital humano que vai assegurar o fortalecimento dos conhecimentos e habilidades na abordagem dos casos de malária.
A propósito, a embaixadora dos Estados Unidos da América, Nina Fite, considerou ser o culminar de uma estreita colaboração entre os dois países no combate à malária.
Acrescentou que a plataforma de e-lerning Kassai implementada pelo projecto saúde para todos da USAID foi concebida para melhorar a qualidade da formação e facilitar o acesso dos profissionais de saúde a informação sobre o tratamento de casos de malária, especialmente de crianças menores de cinco anos e mulheres grávidas, uma iniciativa presidencial americana, que ajuda Angola na luta contra esta doença.
Nina Fite ressaltou que a utilização de plataformas digitais facilita a obtenção, por parte dos profissionais de saúde, das ferramentas de que necessitam para combater a malária de forma mais eficiente e eficaz e foi concebida para ser acessível através de qualquer ferramenta digital em qualquer lugar e sem custos.
A plataforma Kassai, em homenagem ao rio que nasce na Luanda Sul e desagua no Rio Zaire (República Democrática do Congo), está numa primeira fase nas províncias de Luanda, Lundas Norte e Sul, Malanje, Uíge e Zaire, com abrangência nacional de forma paulatina.
Os dados apontam ter sido acessado, nas primeiras hortas de existência, por mil e 510 usuários, que tiveram acesso a formação, sendo que 73 por cento melhoraram os seus conhecimentos abordagem dos casos por malária após avaliação.