Huambo - O vírus da raiva no município do Huambo, província com o mesmo nome, está a ganhar contornos preocupantes, devido à onda de mordeduras de cães, com uma média de 35 casos/dia, soube a ANGOP.
A informação foi prestada, esta terça-feira, pelo director da Saúde no município do Huambo, Miguel Balaca, ao referir que as autoridades sanitárias registaram, de Janeiro à presente data, 604 casos de mordeduras de cães raivosos, que causaram a morte de dois menores de 11 anos de idade.
O responsável apontou a negligência, por parte de muitos criadores de animais de estimação, como a principal causa da proliferação do vírus da raiva, facto que exige a utilização da vacinação anti-rábica e outros cuidados sanitários.
Miguel Balaca disse que os bairros Calundo, Calobrico, Chivela e Xavier Samacau, na periferia da cidade do Huambo, a par da comuna da Calima, constituem as principais zonas de maior índice de mordeduras de canídeos.
Nesta altura, disse, as autoridades sanitárias do município do Huambo intensificam as campanhas de sensibilização da população, sobretudo, nos bairros periféricos, com a divulgação de mensagens nos órgãos de Comunicação Social, com o envolvimento do Serviçõ de Veterinária na recolha coerciva dos cães vadios.
Apelou aos pais e encarregados de educação a redobrarem a vigilância dos filhos, como principais vítimas de ataques destes animais de estimação, por muitas das vezes manifestarem as mordeduras tardiamente, por razões diversas que colocam em risco a própria vida.
Lembrou que o cuidado tardio das mordeduras, por estes animais de estimação (cães, macacos e gatos) para além da raiva que leva a morte, pode provocar infecções graves ao ser humano, cujo tratamento envolve medidas de primeiros socorros e reparos de tecidos lesados.
Em termos de primeiros socorros, o também especialista em Saúde Pública, aconselhou a lavagem da área afectada com água corrente e sabão azul e, em seguida, recorrer aos serviços de saúde mais próximos.
O município do Huambo, com uma população estimada em de 915 mil 685 habitantes, distribuídos pelas comunas da Calima, Chipipa e Sede, conta com 64 unidades sanitárias, dos quais um hospital de primeiro nível. MLV/JSV/ALH