Malanje- Trinta e seis novas gavetas serão montadas nos próximos dias, na morgue do Hospital Geral de Malanje, visando reforçar as actuais 11 em funcionamento e melhorar a capacidade de conservação de cadáveres.
Para o efeito, a morgue está a beneficiar de obras de reabilitação e ampliação, nesta altura já em fase de conclusão, para posteriormente serem instaladas as gavetas ainda este mês.
A informação foi dada pelo vice-governador provincial para o sector Político, Económico e Social, Franco Mufinda, no termo de uma visita que efectuou segunda-feira (11) aos Hospitais Regional e Provinciais Materno-infantil e Sanatório, onde constatou as actuais condições materiais e de trabalho.
De acordo com o responsável, para além do reduzido número, o actual estado de conservação da morgue motivou o Ministério da Saúde a executar o projecto de aumento da sua capacidade, tendo em conta que a mesma acolhe cadáveres dos três hospitais visitados.
Outro projecto em curso, segundo Franco Mufinda, pretende-se com a necessidade de melhorias do actual bloco operatório do Hospital Geral, na medida em que desde a sua construção em 2007, não beneficia de reformas, para além da conclusão de um outro bloco, cujas obras vêm a ser constantemente interrompidas desde o seu início em 2014.
Fez saber que após a sua conclusão, o novo bloco operatório vai funcionar de forma integrada para atender pacientes dos Hospitais Regional, Materno-infantil e Sanatório de Malanje, entre outros projectos, que contemplam a construção e melhoria das áreas de esterilização, cuidados intensivos, a ser implementados a curto e médio prazos.
Por outro lado, o vice-governador destacou ainda a insuficiência de técnicos nas referidas unidades, sobretudo no Hospital Geral, cujo quadro orgânico contempla mil e 55 funcionários, entre médicos, enfermeiros, terapeutas e pessoal administrativo, mas actualmente conta com apenas 597.
Entretanto, anunciou o preenchimento faseado das vagas por meio de concursos públicos e contratação, ao passo que em relação a medicamentos as unidades não registam dificuldades.
Noutra vertente, Franco Mufinda reiterou o apelo as jovens no sentido de se absterem dos abortos provocados, uma prática que pode desencadear em esterilidade ou morte.
Realçou que o Hospital Materno-infantil regista em média 17 abortos por curitagem/dia, cifra que constitui preocupação do governo, por isso urge os jovens optarem pela prevenção da gravidez através do uso de preservativos ou outros métodos, durante o acto sexual.
As visitas do vice-governador as unidades sanitárias visaram aferiu o estado funcional das mesmas, com vista a busca de soluções, bem como constatar o andamento das obras e acções em curso, direccionadas pelo governo local e pelo Ministério da Saúde. NC/PBC