Caconda – Após uma suposta gestação de três meses, uma jovem de 22 anos de idade, residente no município de Caconda, província da Huíla, expeliu pelo canal vaginal um ovo semelhante ao de uma galinha, fenómeno confirmado pelos serviços de saúde locais, que não encontram explicação.
O caso deu-se na última quarta-feira e trata-se da terceira gestação da mulher. Na primeira chegou a ter o bebé, mas faleceu cinco meses depois e na segunda abortou ao segundo mês.
Residente na comuna do Gungui, no bairro da Coringa, a jovem preparava-se para a consulta habitual pré-natal, mas foi acometida a dores, como de parto se tratasse, foi levada ao hospital e assisitida por enfermeiros, tendo de seguida expulsado o ovo.
Uma das testemunhas, Maria Ngueve, por sinal tia da mesma, disse que ela vive maritalmente e apresentava sinais de gravidez normal e durante este período frequentou as consultas pré-natal, mas nunca lhe diagnosticada qualquer anormalidade.
Já o supervisor municipal de saúde pública de Caconda, Eugénio Pinto, afirmou tratar-se de um caso inédito e não se tem memória de algo semelhante, acrescentando que ovo foi quebrado e no seu interior havia o conteúdo natural do mesmo (gema e clara).
Entretanto, a especialista em saúde sexual e reprodutiva, Ana Joaquim, sublinhou que cientificamente não há explicação para a ocorrência.
Para ela, dar luz a um ovo parecido ao de uma galinha pode constituir um caso de resolução tradicional, por que ultrapassa a ciência.
Sobre o assunto, o psicológico André Mateus, defendeu a necessidade de um acompanhamento rigoroso à jovem.
Por sua vez, o soba municipal de Caconda, João Chivela, considerou que caso de género carece de um tratamento tradicional, podendo constituir um ritual a cumprir no seio familiar, ou seja, caso não se intervir esta situação poderá transpor de geração a geração.
O município de Caconda, a 230 quilómetros a Norte do Lubango tem uma população estimada em 214 mil 048 habitantes.
