Lubango – Os municípios dos Gambos, Caluquembe, Quilengues, Chicomba e Chipindo, na Huíla, foram hoje, quarta-feira, no Lubango reforçados com ambulância e veículo administrativos, a fim de minimizarem a carência de meios de apoio ao sector da saúde.
Os meios foram entregues pelo governador da Huíla, Nuno Mahapi. Cada município recebeu uma ambulância equipada para o processo de transferência de doentes, sob responsabilidade do hospital municipal e um veículo administrativo que ficará na responsabilidade do director municipal da saúde.
Ao falar após a recepção dos meios, a administradora de Caluquembe, Mariana Soma, disse que os veículos chegam numa hora "oportuna", pois estão com duas ambulâncias estão avariadas, pelo que vai facilitar o fluxo de comunicação entre as diversas unidades que tem no município.
Disse dizpor agora de três ambulâncias funcionais, a actual, uma atribuída no mês de Janeiro do ano em curso ao Hospital Evangélico de Caluquembe e uma terceira com alguns anos de uso que tem apoiado a comuna do Calepi.
Já o administrador do Chipindo, Hélder Lourenço, referiu que os novos meios vão poder dar melhor resposta a saúde, que vêm agora reforçar o trabalho das três existentes adquiridas a mais de 10 anos, em estado obsoleto.
Por conseguinte, o administrador dos Gambos, Francisco Barros Leonardo, salientou que tinham apenas uma ambulância, "bastante" antiga que não aguentava a demanda dos doentes que deviam ser evacuados aos hospitais de referência.
"Muitas das vezes tínhamos de recorrer a meios inapropriados, ao nosso alcance, só para proteger a vida e evitar mortes, mas com esta nova ambulância fica ultrapassada a questão. Precisaríamos de mais ambulâncias para distribuir em cada um dos três centros de saúde do município", manifestou.
Por sua vez, o governador Nuno Mahapi referiu que as dificuldades são inúmeras e o número de ambulâncias recebidas dá para começar a resolver os problemas, pois deram aos municípios com mais dificuldades, em função do número ínfimo que receberam.
Explicou que a escolha dos municípios para receber deu-se pela carência dos meios e estão mais no interior da província, com vias de acesso precárias e com essas ambulâncias a situação vai estar minimizada e com a melhoria de condições de mobilidade para os responsáveis da saúde.
"Entendemos que a qualidade não está ligada directamente aos meios, mas com mais investimentos que temos de fazer nos recursos humanos e ainda na construção de mais centros e postos de saúde, mas o mais importante é trabalhar na prevenção para conseguir dar resposta aos grandes interesses da população que acolhem os serviços", salientou.
Fez saber que o objectivo é tratar todos os municípios na mesma proporção, mas os recursos são escassos, mas a preocupação em mais meios para os outros ainda é desafio na Huíla. EM/MS