Ondjiva- Oitenta e oito novos casos de HIV/Sida foram diagnosticados, no I semestre do corrente ano, pelas autoridades sanitárias do município de Namacunde, província do Cunene, mais 27 em relação ao período anterior.
Os dados foram avançados, esta sexta-feira, pela responsável de Saúde Pública de Namacunde, Raboni Xili, tendo salientado que os casos diagnosticados resultam de um universo de dois mil e 921 testes realizados.
No âmbito do programa “Nascer livre para brilhar”, realçou a testagem de 910 gestantes, destas 14 com resultados positivos, assim como 175 crianças expostas testadas, destas sete com desfecho positivo.
Raboni Xili disse que desde a implementação do programa, o índice de transmissão de mãe para filho reduziu consideravelmente, apontando o registo do nascimento de 20 crianças sem o vírus este ano.
Apesar disso, afirmou a necessidade de desenvolver mais actividades para reduzir significativamente a infecção do HIV,através do alargamento da sensibilização das populações para a mudança de comportamento em relação ao VIH/Sida.
Asseverou que as autoridades sanitárias têm trabalhado no reforço das campanhas de sensibilização e acompanhamento às pessoas portadoras da doença, visando a redução da cadeia de transmissão
Abandono da tuberculose preocupa autoridades
Entretanto, a especialista em saúde pública disse que uma das preocupações do sector tem a ver com o índice de pacientes que abandonam o tratamento da tuberculose.
Fez saber que durante o I semestre registou-se 137 abandonos, cujos números expressam uma elevada taxa de desistência ao tratamento.
Para reverter o quadro, disse que o sector está a trabalhar no sentido de realçar consultas ambulatórias a nível das duas comunas para repescagem dos pacientes que abandonaram o tratamento.
Durante o período em referência foram diagnosticados 35 casos de tuberculose, destes 14 abandonaram a terapia, contra os 47 do período anterior .
O município conta com uma rede sanitária de 20 unidades, sendo um hospital, nove centros de saúde e 10 postos, assegurado por 311 profissionais, dos quais 21 médicos.FI/LHE/ART